Como dizia o polemista americano Henry Louis Mencken é relativamente fácil suportar a injustiça.
O mais difícil é suportar a justiça.
No Recife, o estado de direito virou uma ficção.
Quem gritar mais alto, leva.
A Justiça é pisoteada.
Pobre do desembargador do TJPE que viu esbulho na invasão da propriedade.
Sua peça virou letra morta.
No entanto, pela covardia de terem recuado, depois de ter anunciado que não haveria mais o que negociar com a PCR, os empresários que tocam a obra são merecedores de todas as agruras pelas quais estão passando.
Ou estavam mentindo antes ou estão sendo pusilânimes agora.
Se não ambas as opções.
Façam suas escolhas.
Veja abaixo a nota oficial “PCR e sociedade civil vão elaborar documento para negociação sobre projeto Novo Recife” Na terceira rodada de diálogo sobre o Projeto Novo Recife, ocorrida na tarde desta sexta-feira (6), no edifício sede da Prefeitura do Recife, o prefeito Geraldo Julio, representantes da sociedade civil e Ministérios Públicos Estadual e Federal estabeleceram a elaboração de um documento com diretrizes para a negociação com todas as partes envolvidas.
O documento será confeccionado na próxima segunda-feira (9) e entregue aos dois Ministérios Públicos na terça-feira (10) para análise.
Segundo o prefeito, a partir desta conversa foi possível estabelecer que caminhos poderão ser traçados para efetivar uma negociação.“Neste encontro ficou acertado que a prefeitura, junto com as entidades envolvidas, vai preparar um documento estabelecendo o procedimento de redesenho do Projeto Novo Recife.
A partir de então, este documento será submetido aos Ministérios Públicos Federal e Estadual, ao Movimento Ocupe Estelita e também ao Consórcio”, declarou o gestor.
Na primeira reunião participaram, além do prefeito e de secretários, os representantes do Movimento Ocupe Estelita, na segunda do Consórcio Novo Recife e na terceira os MPs Estadual e Federal.
Os três encontros contaram com a presença de representantes da sociedade civil.
No primeiro deles estavam o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/PE), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/PE), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PE), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e o Movimento Observatório do Recife.
Nos outros dois estiveram, além dessas entidades, o Fórum Estadual de Reforma Urbana (FERU) e o Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec).
O promotor estadual Ricardo Coelho explicou como serão conduzidas as próximas etapas que iniciarão as negociações.“Pedimos que fosse observada a legalidade de todo o procedimento e que etapas anteriores que foram suprimidas sejam garantidas.
Será elaborado este documento na segunda-feira (9) e vamos avaliar já na terça-feira (10) a viabilidade dessas diretrizes que serão propostas”.
Sobre a disposição de se estabelecer um acordo com a orientação do Ministério Público Federal, a procuradora Mona Lisa Ismail afirmou: “Sempre estivemos dispostos a uma solução negociada.
O acordo é sempre possível, ainda com as ações em trâmite”, concluiu a procuradora.
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