Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR Em entrevista ao Blog de Jamildo, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), rebateu as críticas direcionadas pelo ex-prefeito da capital e deputado federal João Paulo (PT) nesta quinta-feira (5), de que o socialista teria rompido um acordo com as construtoras ao suspender o alvará de demolição dos armazéns do Cais José Estelita e mediar a rediscussão do projeto Novo Recife. “Eu não vi essa declaração do ex-prefeito, não tenho acesso ao que foi dito, mas não há nenhum acordo.
O que há é a necessidade de se discutir com a sociedade, fazer um governo democrático e isso a gente sabe fazer”, alfinetou Geraldo.
Em entrevista à Rádio Jornal no dia 30, o atual prefeito responsabilizou o PT pela aprovação do projeto Novo Recife e acusou a legenda de utilizar a ocupação para atacar a gestão socialista. “Eu estou sabendo que tem gente desse partido utilizando essa movimentação, essa manifestação que está tendo agora, para me criticar”, revelou.
Na gestão de Geraldo, a série de medidas mitigadoras exigidas para construção do empreendimento foi ampliada de R$ 32 milhões para R$ 62 milhões e passou a prever a construção de um parque linear, várias quadras esportivas, uma biblioteca, a construção de um centro cultural, a reforma de uma igreja e a construção de um túnel para substituir o viaduto do Forte das Cinco Pontas.
Com o novo acordo, a PCR assinou o alvará de demolição e os armazéns começaram a ser demolidos no dia 21.
Manifestantes contrários ao projeto, porém, ocuparam o terreno no cais.
A ocupação levou Geraldo a buscar a rediscussão do projeto; o que foi acatado pelas construtoras nesta quinta.
SIMBÓLICO - Ouvido pela imprensa, o engenheiro Eduardo Moura, representante do consórcio, classificou como “simbólica” a decisão de suspender o alvará. “Já tínhamos acertado que não faríamos nenhuma intervenção até que esse impasse fosse de fato resolvido”, afirmou.
A forma de negociação de possíveis mudanças no projeto ainda será definida pela prefeitura. “Acreditamos e confiamos na gestão da condução desse processo pela prefeitura”, disse Moura.
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