Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Mais do que a agenda administrativa em Pernambuco, nos próximos dias 13 e 14 de junho, a vinda a presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula a Pernambuco tem o objetivo de fortalecer a imagem do pré-candidato ao governo do Estado, Armando Monteiro Neto (PTB), e fustigar o adversário o presidenciável Eduardo Campos (PSB).

Embora a assessoria do Instituto Lula, responsável pela agenda do ex-presidente, não confirme a vinda do político.

Nos bastidores, a vinda dele é tida como certa.

Segundo a assessora, a agenda dele não é divulgada com tantos dias de antecedência.

Em reserva, fontes do partido explicam que a visita faz parte do planejamento estratégico da campanha.

Além de Pernambuco, outros três estados - São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais - são considerados “simbólicos” para o PT. “Mais do que derrotar o candidato Eduardo Campos no âmbito nacional, o objetivo é vencer em Pernambuco”, confidenciou um petista.

Segundo os organizadores do PT, o local do encontro ainda não foi definido, mas a expectativa é reunir, pelo menos, três mil pessoas.

O evento será organizado pela Executiva local, com orientação do PT nacional.

Na visita, a previsão é que Dilma participe da formatura de aluno do Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego.

A vistoria das obras da Via Mangue não estão mais presentes na agenda da petista.

Questionada sobre a intenção da visita, a presidente estadual do PT, Teresa Leitão, explicou que Lula e Dilma estão percorrendo vários Estados. “Não sejamos tão pequenos.

Pernambuco não será o primeiro e nem o último.

Estamos na fase da pré-campanha e dando demonstrações importantes de unidade nos nossos palanques”, defendeu a deputada.

A presença de Lula no Estado fortalece o nome de Armando e do pré-candidato ao Senado, João Paulo.

O ex-presidente não veio ao Estado durante as eleições municipais em 2012, ano em que o senador Humberto Costa, do PT, perdeu a Prefeitura do Recife para o prefeito Geraldo Julio (PSB).

Naquele ano, o ex-presidente vivia de viagem marcada para Pernambuco, mas a vinda não se concretizou.

ADVERSÁRIOS - A visita também acontece em um momento delicado para o PSB.

Esta semana, em pesquisa encomendada pelo PTB ao Ibope, Armando aparece com 43%, contra 8% do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB).

Nos bastidores, a informação é que os números incomodaram o PSB.

Pelos cálculos internos da sigla, Paulo Câmara já deveria aparecer com, pelo menos, dois dígitos no levantamento.

A coordenação jurídica do PSB, inclusive, pediu à Justiça Eleitoral autorização de acesso aos dados coletados na pesquisa, bem como ao sistema de controle e verificação das informações.

A decisão, conforme o processo n.º 245-43/2014, permite, inclusive, o acesso à sede do instituto, para confrontar e conferir com os dados publicados.