Os níveis de desenvolvimento encontrados nos municípios brasileiros continuam dividindo o Brasil em dois.

De um lado estão as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, que possuem 60% das cidades brasileiras e dominaram os 500 maiores IFDMs do país, com 98,6% de participação.

Do outro estão as regiões Norte e Nordeste, que respondem por 40% das cidades brasileiras e predominaram entre as 500 posições mais baixas do ranking, com 94,4% de participação.

O resultado aponta que o número de óbitos mal definidos dos municípios menos desenvolvidos é três vezes pior e a taxa de internações evitáveis por ação da atenção básica é quase o dobro da observada nos municípios mais desenvolvidos.

Em Educação, as taxas de abandono escolar entre os 500 maiores IFDMs são dignas de países desenvolvidos, menores do que 1%, e contrastam com as taxas dos 500 menores, seis vezes piores.

Outro ponto que ressalta a desigualdade entre as regiões é o contraste do mercado de trabalho, onde há municípios capazes de empregar formalmente mais de 40% da sua população em idade ativa e outros que não chegam a um décimo.

Levando em consideração o ritmo de desenvolvimento registrado no país desde 2005, considera-se que o grupo dos 500 piores IFDMs está 13 anos atrasados em relação aos padrões de desenvolvimento encontrados nos municípios que ficaram no topo do ranking.

De acordo com o estudo, essas cidades menos desenvolvidas ainda não chegaram ao século XXI.