Por Priscila Krause A fita não poderá ser cortada: principal intervenção do Recife para a Copa do Mundo e esperança nossa para a melhoria da mobilidade na Zona Sul, a Via Mangue será liberada ao público dia oito de junho sem que possa ser inaugurada oficialmente, sem festa, sem discursos, sem palanque.

Não estará concluída.

Só o caminho de ida (Centro/Boa Viagem) será liberado, enquanto o da volta (Boa Viagem/Centro) ficará inativo pelo menos até dezembro, como anunciou a Prefeitura nessa manhã.

Não faltaram alertas.

Fiz seis audiências públicas, 17 pedidos de informações, discursos, nenhuma vírgula contra a intervenção.

Parecia insistente para alguns.

Mas era nítido que faltava planejamento e foco: o transporte público.

As gestões do PT conceberam uma nova via de grande circulação sem estudar os impactos que causariam na malha viária existente.

A imprensa gritou: há erros graves no projeto.

Em 12 de dezembro de 2013, na presença de membros da atual gestão, no plenarinho da Câmara, fui clara: “é preciso que a Prefeitura apresente as soluções para os impasses decorrentes dos erros de planejamento, como a questão do túnel sob a Herculano Bandeira”.

Ouvidos moucos.

Ao passo que acertou ao acelerar a execução da obra – fato indiscutível -, a atual administração errou gravemente ao ignorar a urgência dos fatos, as vozes de técnicos e políticos.

Só se posicionou nos minutos finais.

Alertamos para o que ninguém desejava: a intervenção viária mais cara da história da capital pernambucana nasce pela metade.

A vereadora Priscila Krause é componente da Comissão de Meio Ambiente, Transporte e Trânsito da Câmara,