O vereador André Régis, do PSDB, advertiu na tribuna da Câmara Municipal do Recife que o município não sabe se o aluno da rede pública de ensino está ou não aprendendo porque não faz as avaliações que devem ser feitas nesse sentido. “Trata-se de uma rede que não avalia e que não sabe se o aluno sabe” disse ele salientando que a prefeitura continua tomando medidas apenas pontuais que não atendem às reais necessidades do sistema. “Exemplo disso é o programa de robótica, que custará 40 milhões de reais quando as escolas não têm onde colocar esse equipamento, os professores não estão treinados, o programa está atrasado, nos cobramos informações e a prefeitura não sabe quando o projeto vai estar efetivado”. “O governo municipal não está promovendo as necessárias rupturas com o modelo falido que aí está.

Simplesmente jogam programas sem compromissos com a sua efetivação.

E o seu compromisso com o resultado do aprendizado?

Eu adverti aqui que em nossa visita ao sistema público de educação na Finlândia, país que lidera o ranking das nações aprovadas pelo PISA, teste aplicado pela OCDE em Matemática, Ciências e na própria língua materna, não há programa de robótica.

Nas escolas municipais os professores têm nível de excelência, dão aula em quadro negro e os alunos aprendem”, disse. “Eu não sou contra robótica.

O que estou dizendo é que esse projeto não seria a prioridade.

O que eu vejo é um desperdício de recursos públicos e perda de tempo.

O ex-secretário Valmar Correia deixou o que de saldo na Secretaria de Educação do Recife?

Em um ano e meio de gestão do prefeito Geraldo Júlio qual é o saldo para a Educação?

Programas isolados?

Onde está o compromisso com a ruptura?

Muito mais importante se economizaríamos 200 mil ou 1 milhão de reais em máquinas, o debate provocado nesta casa mostra a necessidade de se repensar essa rede de educação”. “Chego à conclusão de que todos esses problemas não existiriam, basicamente, se a prefeitura do Recife partisse para uma ruptura a partir da construção de uma nova rede via parceria público privada.

Onde a iniciativa privada iria fazer e equipar os prédios e onde a prefeitura iria entrar com o professor, com o conteúdo e com os alunos.

Esse modelo iria fazer com que a gente partisse para um novo patamar de ensino, onde a prefeitura pagasse efetivamente pelo que a iniciativa privada estivesse alocando em termos de estrutura”. “Alguém poderia dizer que eu estaria desejando privatizar o ensino público mas na verdade, atualmente nada menos do que 80 escolas da rede municipal são casas alugadas.

Então o que estou propondo aqui é alugar uma estrutura decente para funcionar enquanto escola, e não o aluguel dessas casas que antes abrigavam uma família de menos de cinco pessoas e hoje abrigam 200 ou 400 crianças em espaços com graves violações aos direitos humanos por conta do confinamento e das condições básicas de higiene.

São escolas com apenas um banheiro para mais de 100 crianças e ainda assim banheiros não adaptados.

Sem ventilação e com temperaturas elevadas para 35 graus conforme constatamos com o uso de um higrômetro”.