Foto: Agência Senado Para o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República, a campanha presidencial do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) coloca medo no eleitorado do ex-presidente Lula (PT). “Os tucanos têm uma dificuldade enorme de reconhecer os acertos.

E aí passa um medo enorme para as áreas do Brasil que viram a importância do presidente Lula”, afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva na noite dessa segunda-feira (26).

Campos lembrou, por exemplo, que em 2010 a presidente Dilma Rousseff (PT) foi eleita com 12 milhões de votos, 11 milhões deles no Nordeste; região que foi favorecida durante a gestão do antecessor. “Hoje, há uma campanha disseminada, terrorista ao meu ver, dizendo que a população vai perder aquelas conquistas”, atacou o ex-governador. “Esse caminho é clássico.

E normalmente ele leva à derrota”, alertou. “É aí que as forças ligadas à presidenta não querem esse embate conosco.

Porque é aonde quebra o núcleo duro que elegeu ela na eleição passada.

E esse núcleo duro é quebrado a medida em que a população sabe que eu e a Marina jamais vamos mexer em conquistas sociais.

Pela nossa história de vida, pela nossa caminhada”, justificou.

DIFERENÇA ÓBVIA - Para o pernambucano, que luta para superar o terceiro lugar nas pesquisas e chegar ao segundo turno das eleições presidenciais, a diferença entre ele e Aécio é óbvia. “A origem política de Aécio é uma determinada origem, mais conservadora do que a minha.

Aécio participou do ciclo de Fernando Henrique, eu participei do ciclo iniciado pelo presidente Lula; no governo Fernando Henrique eu era oposição”, afirmou.

Campos negou também que tenha um acordo com qualquer candidatura para um eventual acordo no segundo turno, caso não vá para a segunda etapa. “Hoje, nem ela [Dilma] está certa no segundo turno”, defendeu.