Foto: BlogImagem Para o governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), os elevados investimentos públicos nas obras da Copa do Mundo, que inicia no próximo dia 12, são um motivo legítimo de inconformismo por parte da população brasileira. “Foram gastos bilhões e bilhões de reais, quando há uma carência muito grande nas áreas básicas do serviço público”, afirmou na manhã desta segunda-feira (26), em entrevista à Rádio Jornal. “A fifa tem uma exigência de qualidade que não é compatível com o status de vida [do País]”, avaliou Lyra, que assumiu o comando do Estado após a renúncia de Eduardo Campos (PSB) para disputar a Presidência da República. “Dinheiro emprestado do BNDES é dinheiro público”, lembrou o governador, para quem existe uma falta de sintonia entre a classe política e o povo brasileiro. “Tem uma parte da população que não se conforma”, afirmou o governador, em conversa com o Blog de Jamildo após a entrevista. “Poderá acontecer alguns eventos fortes, contrários a realização da Copa”, previu.

Segundo Lyra, é difícil determinar a realização de manifestações, porque elas são organizadas e realizadas de forma muito rápida.

PERNAMBUCO - Durante a entrevista à Rádio Jornal, o governador afirmou, porém, que os pernambucanos ficariam inconformados caso o Estado não fosse uma das sedes da Copa do Mundo e afirmou que, por isso, apoiou o mundial. “Eu acho que o povo não entenria Pernambuco ficar de fora da Copa”, afirmou.

Lyra também defendeu o modelo de parceria público-privada (PPP) que foi utilizado pelo Estado para construção da Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. “Pernambuco não aplicou recurso do Estado na Arena.

Não houve investimento financeiro”, defendeu, lembrando que a parte do Estado foi a doação do terreno; cujo recurso, portanto, não poderia ser aplicado em outras ações do Estado.