Os comerciantes de Abreu e Lima que tiveram as lojas saqueadas durante a greve dos policiais militares participaram nesta segunda-feira (26) de uma reunião na Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para relatar os impactos causados pelo ato de vandalismo ocorrido no último dia 14.
A deputada Terezinha Nunes (PSDB), que solicitou a reunião, avaliou que a situação é de preocupação, pois houve uma queda de 90% nas vendas no comércio e há ameaças de demissões.
Segundo ela, até agora apenas 10% dos objetos furtados foram recuperados e a maioria não serve mais para comercialização. “Nesse período, que normalmente é de alta para o setor, muitas vagas temporárias são abertas, no entanto os lojistas já decidiram que não terão como contratar pois algumas lojas ainda não conseguiram reabrir enquanto outras não terão nem como repor seus produtos”, destacou a parlamentar.
O problema foi exposto pelo vice-presidente do Sindicato das Empresas do Comércio e Serviços do Eixo Norte (Sindnorte), Evandro Alves de Lima, ao informar que 25 lojas foram saqueadas e que até o momento nenhuma solução efetiva foi adotada para minimizar o prejuízo do setor.
O chefe de gabinete da Casa Civil, Pedro Pontual, argumentou que levará ao governador João Lyra Neto os pontos discutidos no encontro a fim de que possam sem encontradas soluções.
O encontro também debateu mudanças a serem realizadas na BR-101.
A cidade é cortada pela rodovia federal e sofre com o intenso fluxo de veículos.
O representante do DNIT – PE, Cacildo Medeiros, explicou que, até o final deste mês, o Governo Federal deverá lançar edital para a construção do Arco Metropolitano Norte e com isso tirar do meio da cidade 60% do movimento de carros, sobretudo de caminhões.
A Prefeitura de Abreu e Lima comunicou, por meio do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ivanildo Carvalho, que já se reuniu com gerentes bancários para propor mecanismos de ajuda financeira aos pequenos empresários que tiveram lojas saqueadas.
A promotora de Justiça, Maria Amélia Gadelha, disse que o Ministério Público vai agir com firmeza e todos os envolvidos serão denunciados, inclusive aqueles que devolveram espontaneamente os produtos furtados. “É importante punir com rigor aqueles que saquearem para que sirva de exemplo”, alertou a deputada.