A desaceleração da atividade na indústria da construção atingiu o otimismo dos empresários do setor.
Neste mês, o indicador de expectativa sobre o nível de atividade para os próximos seis meses ficou em 52,1 pontos, o menor nível desde o início da série, em dezembro de 2009.
A informação é da Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira, 23 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O indicador de expectativa varia de zero a cem.
Acima de 50 pontos, indica empresários confiantes.
Embora ainda estejam acima dos 50 pontos, todos os indicadores de expectativa recuaram em maio.
O de novos produtos e serviços ficou em 52,1 pontos, o de compras de insumos e matérias-primas foi de 52 pontos e o de número de empregados caiu para 52,1 pontos. “A indústria da construção continua a mostrar um cenário desfavorável e com baixo otimismo”, diz a pesquisa da CNI.
Em abril, o indicador de evolução do nível de atividade ficou em 45,4 pontos.
O indicador do nível de atividade efetivo em relação ao usual alcançou 42,6 pontos.
Ambos estão abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que revela retração do setor.
Conforme a Sondagem, o indicador de evolução do número de empregados ficou em 46,3 pontos em abril, abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que mostra a queda do emprego no setor.
O nível de utilização da capacidade de operação do setor permaneceu estável em 69% pelo terceiro mês consecutivo.
A pesquisa foi feita entre 5 e 14 de maio, com 537 empresas, das quais 169 de pequeno porte, 245 médias e 123 grandes.