Não podemos crucificar o Pastor Eurico por exercer seu direito constitucional de opinião Por Renato Cruz Ex-Presidente Estadual do PRB/PE Nos últimos dias tenho acompanhado por meio da mídia nacional e especialmente pela imprensa pernambucana, os noticiários envolvendo o nome do Pastor e deputado federal Eurico (PSB-PE).

No meu modo de ver, o motivo de tal polêmica deve-se ao fato do Pastor ter externado sua opinião e o seu descontentamento de ver a apresentadora Xuxa ter participado de um filme que na década de 1980 fosse pouco recomendado para menores de 18 anos, principalmente pelo fato da então apresentadora de um programa infantil fazer apologia ao sexo antes da hora.

De fato, o Pastor e deputado pode ter exagerado no tom de sua crítica a “rainha dos baixinhos” que me parece ter se arrependido de gravar tal filme, pois tamanha foi a repercussão negativa na época, por conta exatamente de seu poder eminentemente influenciador na casa de milhares de brasileiros através do programa infantil exibido pela TV GLOBO de segunda á sexta.

Além disso, aquele não era o momento nem o local adequado para fazer uma crítica e fazer voltar ao presente um assunto que foi totalmente absorvido pelo senhor da razão: O TEMPO!

Pois ali naquela reunião da Comissão de Constituição e Justiça, se discutia uma matéria totalmente adversa do assunto abordado pelo nobre deputado socialista.

Por outro lado, não podemos crucificar o Pastor Eurico pelo fato do mesmo ter emitido seu direito constitucional de opinião a respeito de um assunto que como já foi dito, o tempo se encarregou de suprimir.

O fato é que diante de tal manifestação polêmica e com medo da repercussão negativa diante da opinião pública, deputados socialistas ligados ao projeto presidencialista do seu partido, foram rápidos em se desculpar com a “rainha dos baixinhos”.

Talvez se não estivéssemos tão próximos de uma eleição presidencial, tal pedido de desculpas durasse mais um pouco como é de costume.

Igualmente e tentando tirar proveito político dessa situação, percebemos que alguns pretensos candidatos ao poder legislativo, começam a emitir suas opiniões daquele fato, esquecendo-se que o direito de opinião exercido pelo Pastor e deputado, é garantido e está amparado pela nossa carta magna de 1988!