Foto: reprodução Facebook Dois dias depois de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter desembarcado na cidade de Goiânia, no 86º Encontro Nacional da Construção Civil ((Enic), o pré-candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), também aportou na cidade nesta sexta-feira (23).

No discurso, o presidenciável defendeu a manutenção do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e prometeu, se eleito, construir 4 milhões de habitações em quatro anos. “Foi um programa criado que veio para ficar, mas como política de Estado e não de governo”, afirmou o ex-governador de Pernambuco.

Eduardo ressaltou que nos últimos seis anos foram construídas 3 milhões de moradias e prometeu manter o subsídio ao programa que para ele, foi “acertado”. “Precisamos manter, ampliar e aprimorar o programa além do horizonte dos governos”, disse. “Nós entendemos que a política habitacional do Brasil precisa ser fortalecida e dentro dessa política habitacional onde teremos que tratar de urbanização, regularização fundiária”, acrescentou.

O pré-candidato também elogiou a junção de antigos programas sociais do governo Fernando Henrique Cardoso, no Bolsa Família do governo Luiz Inácio Lula da Silva e disse que essas conquistas podem ser aperfeiçoadas e fortalecidas. “Temos de corrigir o que deu errado e não o que deu certo”, completou. “Os dois programas - Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família - podem ser aperfeiçoados, mas jamais podem servir de embate eleitoral numa cena como essa que vivemos no Brasil, onde nós precisamos corrigir o que está errado e não o que está certo”, afirmou Campos.

Em um recado ao que classifica de “velhas raposas” da política brasileira, ele criticou o fato das agências reguladoras terem virado alvo político.

Eduardo defendeu a seleção dos futuros diretores por comitê de busca de profissionais de mercado.

Com críticas à política econômica, o presidenciável destacou a falta de investimento em infraestrutura e disse que o setor da construção civil “pagou um preço altíssimo”. “Alavancar os investimentos públicos e privados é a tarefa mais importante dos próximos anos”, pregou.

O pré-candidato atacou a burocracia, que se tornou “campo fértil para a corrupção” e disse que é preciso simplificar o Estado. “Simplificar o Brasil é fundamental”, destacou.

MÁQUINA PÚBLICA - Para Campos, é incompatível o presidencialismo de coalizão com o momento atual da sociedade. “São 39 ministérios com partidos tomando conta da máquina como se fosse pedaço do partido.

O balcão da velha política”, disparou.