Apesar de trocaram farpas na área política, em função das eleições que se avizinham, o senador do PTB Armado Monteiro Neto concordou em pelo menos uma coisa com o prefeito Geraldo Júlio.

A defesa do projeto imobiliário Novo Recife, mesmo que de forma tímida, em entrevista na JC News, questionado pelo repórter Franco Benites, da rádio.

Armando Monteiro Neto ressaltou que o projeto sofreu uma evolução, numa referência às ações mitigadoras solicitadas pela Prefeitura do Recife para aprovar o projeto imobiliário.

São mais de R$ 60 milhões em intervenções na área.

Ele disse acreditar que muitas pessoas estão desinformadas em relação ao projeto.

Leia também: Geraldo Julio aprova projeto Novo Recife exigindo o dobro de compensações ao consórcio de investidores A prefeitura vinculou à aprovação do Projeto Novo Recife a execução de 16 intervenções urbanas no entorno do empreendimento.

Uma delas é a criação de um parque linear, com 90 mil metros quadrados de área, margeando o Cais José Estelita.

O projeto do parque, divulgado pelo município, prevê ciclovia, biblioteca pública e seis quadras poliesportivas embaixo do Viaduto Capitão Temudo.

Outra ação proposta pela prefeitura é a construção de um túnel para fazer a ligação do sistema viário com o Cais de Santa Rita.

O túnel substituiria o Viaduto das Cinco Pontas, previsto para ser demolido.

Termo de compromisso para incorporação das obras ao projeto foi assinado entre o município e o consórcio responsável pelo projeto.

Além do parque e do túnel, o Projeto Novo Recife também teria de fazer a complementação viária da Avenida Central (da Rua Lourenço da Silva até a Travessa do Raposo) e da Rua Nova do Cabanga (da Rua General Estilac Leal até a Rua Dilermando Reis), bem como implantar o binário entre a Rua Padre Azevedo e a Travessa do Raposo.

Com a abertura das vias, a prefeitura espera melhorar a conexão do Cais José Estelita com o restante do bairro.

Outra medida compensatória solicitada ao consórcio pela prefeitura seria a construção de duas passarelas de pedestres, uma partindo da Avenida Sul até a linha férrea e outra no próprio cais, nas imediações do Cabanga.

Também integra a lista a obra de recuperação da Igreja Matriz de São José e a restauração dos armazéns próximos ao Forte das Cinco Pontas.

A expectativa da prefeitura é que as 16 intervenções sejam realizadas em três anos.