Escolha de Rubem não é unanimidade dentro do partido.
Foto: Alexandre Auller/Arquivo JC Imagem Por Marcela Balbino, repórter do Blog A fumaça branca indicando o nome do vice que deve compor a chapa do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ainda não saiu.
Mas, nos bastidores, as apostas correm soltas e os dissabores, também.
Com 99% da aliança entre o PTB e PDT fechada, segundo fontes ligadas ao senador, o deputado federal Paulo Rubem (PDT) desponta como principal aposta, visto a presença constante do político ao lado de Armando.
No entanto, o pedetista enfrenta resistência em meio a algumas lideranças do partido no Estado.
Caciques do PT no Estado comentam, sob reserva, que a discussão em torno do nome está bastante dinâmica e alinharam o discurso de que não há nada fechado.
O dinamismo é tanto que até o nome do deputado federal Wolney Queiroz (PDT), que já declarou apoio à Frente Popular, foi citado. “Nosso sonho é que Wolney viesse para composição”, declarou um petista.
O sonho embalado se justifica.
Wolney foi bem eleito em 2010, com 213 mil votos, sendo 61 mil em seu reduto eleitoral, Caruaru. “Ele (Wolney) é bastante fiel a Dilma e Paulo Rubem não está fechado, ele (Paulo Rubem) está na realidade se pré-lançando ao aparecer ao lado de Armando.
Ele (Paulo Rubem) é o único que defende a tese dele”, confidenciou, em reserva, outro petista.
Outro motivo para a atração de Wolney é a formação de um palanque forte em Caruaru, principal cidade do Agreste.
Na plenária do Pernambuco 14 na cidade, que aconteceu na semana passada, nenhuma liderança forte da região apareceu.
Fontes também não descartam a possibilidade de Wolney atrair o PDT para a base. “O nome de Wolney não está excluído.
Ele é que está se excluindo”, disse.
Procurado pelo Blog, o deputado federal Wolney Queiroz descartou qualquer aliança e voltou a afirmar que o partido só se posicionará no dia 10 de junho, na convenção da legenda. “A decisão do Estado já aconteceu.
As principais lideranças do PDT estavam presentes no lançamento da campanha de Paulo Câmara”, explicou o deputado federal, filho do prefeito de Caruaru, José Queiroz, presidente do PDT em Pernambuco.
Queiroz foi enfático ao afirmar que a única possibilidade dele trilhar ao lado do PTB é se houvesse uma decisão nacional.
Segundo o parlamentar, o estatuto do partido prega votação para determinadas decisões.
Quem descumprir, é sumariamente expulso. “Mas não acredito que o estatuto vá levar a isso.
Seria algo inédito na história da sigla”, justificou. “A minha base quer votar em Paulo Câmara”, grifou.
A cúpula nacional do PDT tem a expectativa de tomar uma decisão ainda essa semana.