Do Jornal do Commercio deste domingo (18) Por Carolina Albuquerque De forte apelo popular, não é a primeira vez que promessas de benefícios em tarifas do transporte público aparecem durante o período de campanha política.

Na campanha de 2012, o então candidato à Prefeitura do Recife, o deputado federal Mendonça Filho (DEM), prometeu uma espécie de cartão social, o qual chamou de “Vai e Vem”, que garantia 20 passagens gratuitas de ônibus para autônomos e desempregados no Recife.

Coincidentemente, o anúncio aconteceu quando ele começou a decair percentualmente nas pesquisas de intenção de voto.

Retrocedendo mais oito anos, era o então candidato à prefeito do Recife, Cadoca (PCdoB), que lançava outra proposta: o “Vale Duas Horas” para ser usado como bilhete único em toda a cidade.

A política tarifária metropolitana passa hoje inevitavelmente pelo Consórcio Grande Recife.

Criado em 2008, o órgão é responsável por gerir o transporte público da Região Metropolitana do Recife, embora só tenha as prefeituras de Olinda e Recife como consorciadas.

As demais possuem sistemas de transporte público em paralelo ao metropolitano.

A questão do bilhete único passaria então mais por uma decisão política do Executivo Estadual do que por iniciativa isolada dos gestores municipais.

O coordenador regional do nordeste da ANTP, o engenheiro César Cavalcanti, explica que para tornar a promessa uma realidade, é preciso que o gestor provoque ou faça uma recomendação ao Consórcio Grande Recife.

A questão teria que passar ainda pelo Conselho Superior de Transporte Metropolitano, colegiado presidido pela Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe).