Foto: BlogImagem Repetindo as palavras do ex-presidente Lula (PT), que pregava que quem não quer ser investigado não deve errar, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu que as investigações da CPI da Petrobras, controlada pela maioria governista no Senado, não se transformem em ‘palco para exploração política’.
As declarações foram dadas, nesta sexta-feira (16), durante a passagem do ministro pelo Recife. “Nós aprendemos com o presidente Lula uma máxima que foi muito importante para o nosso governo que é, quem não quiser ser investigado, não deve errar.Não tem hipótese de alguém errar e não ser investigado”, afirmou Carvalho, em entrevista ao Blog, defendendo que as investigações dentro do PT são um hábito. “Não é à toa que cortamos na carne.
A ponto de se ter uma ideia que a corrupção começou ontem no Brasil.
Antes não se falava porque ela era colocada debaixo do tapete”, pontuou o ministro.
Para Carvalho, a CPI da Petrobras é um típico caso em que a oposição “acredita ou imagina” que pode transformar a investigação em um debate político.
Questionado sobre a inclusão do Porto de Suape na pauta, o ministro afirmou que não comentaria a posição, pois o assunto cabia à esfera parlamentar. “Não vou me pronunciar porque não é do meu campo.
No mais, nós não temos medo de CPI.
Só não queremos e vamos fazer de tudo para impedir que a CPI seja um palco de exploração política”, grifou.
Contrariando decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), a CPI da Petrobras, controlada pela maioria governista, incluiu investigações sobre a construção do Porto de Suape, em Pernambuco, no plano de trabalho do relator da comissão, aprovado nesta quarta-feira.
A manobra do governo tem intenção de atingir o ex-governador do estado, Eduardo Campos (PSB), que disputará com a presidente Dilma Rousseff nessas eleições.