Por Jamildo Melo, editor do blog Em todas as greves, os PM insurgentes recebem uma punição de fachada e depois ganham anistia, propostas por deputados interessados em fazer média com a categoria.

Nesta pode ser diferente, graças ao momento de manifestações pelo Brasil e a Copa do Mundo.

O Comando da PM em Pernambuco vai abrir inquérito para identificar e punir os responsáveis pela paralisação?

Deveria, pois eles tem obrigação de fazê-lo.

Houve crime militar, uma vez que a legislação não permite greve aos PMs.

Quando cruzam os braços, estão promovendo motim.

Quando, além da insubordinação, há o emprego de arma de fogo ou violência, vira caso de revolta.

Normalmente, o governo do Estado tem o poder de anular eventuais punições, previstas também no código de disciplina da própria corporação.

No nível estadual, governantes, secretários e comandantes costumam passar a mão na cabeça dos líderes, após as manifestações.

Na reunião com a comissão de negociação, sabendo deste riscos, os próprios líderes da manifestação pediram para não haver punições.

Só que, no plano federal, prevalece o código penal militar e ai não tem governador que possa resolver.

Ou seja, mesmo que queira aliviar para os PMs, João Lyra não poderia.

Não se tem informações se o Ministério Público Militar já está fiscalizando o motim que ocorreu em Pernambuco.

Ainda também porque foi decretada a ilegalidade do movimento pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Não tem moeda com apenas um lado.