Exército permanece nas ruas até a tranquilidade ser restabelecida.
Foto: Guga Matos/JC Imagem Minutos depois do fim da coletiva que reuniu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), e o governador de Pernambuco, João Lyra (PSB), para definir a intervenção do governo federal na segurança do Estado durante a greve, os oficiais da Polícia Militar (PM) definiram o fim da paralisação em Pernambuco.
Mas, para o governo do Estado, a greve terminará apenas quando os policiais estiverem de volta aos postos.
Por enquanto, o governo adiantou que os soldados da Força Nacional e do Exército permanecem no Grande Recife para restabelecer a ordem.
Durante a coletiva, o ministro da Justiça tentou tranquilizar a população afirmando que as tropas federais fariam de tudo para restabelecer a segurança no Grande Recife.
Ministro da Justiça Eduardo Cardozo e Lyra garantiram em coletiva de imprensa que guarda nacional e exército permanecem nas ruas até ordem ser restabelecida.
Foto: Ricardo B.
Labastier/JC Imagem Cardozo rememorou à Constituição Nacional para falar da inconstitucionalidade da greve dos policiais militares, mas destacou que não entraria no mérito da negociação travado no Estado.
Com a intenção de garantir a segurança dos cidadãos, o auxiliar de Dilma se comprometeu a “colocar quantos homens forem necessários”.
Até mesmo oficiais da Marinha e da Aeronáutica podem entrar no reforço.
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Em meio às negociações com a categoria, que reivindicava aumento de 50% para oficiais e 30% para praças, o governador João Lyra encontrou-se de mãos atadas, por causa da lei de responsabilidade fiscal, que impede a concessão de reajuste imediatos em ano eleitoral.
Apesar de aprovado, o fim da greve não foi pacífico entre os integrantes da categoria.
Um pequeno grupo mais exaltado seguiu na frente do Palácio do Campo das Princesas, onde a negociação foi realizada, gritando que os líderes do movimento eram covardes por terem encerrado a paralisação.
A proposta do governo prevê reajuste de 14,55%, a partir de junho, conforme ficou acordado em 2011.
Além do reajuste dos salários em junho, os soldados receberão o salário incorporado ao auxílio de risco de morte e mais o aumento de 14,55% previsto desde 2011.
Além disso, já na segunda-feira (19), uma comissão de dez policiais e bombeiros começam a avaliar a reestruturação do Plano de Cargos e Carreiras, com uma comissão de deputados estaduais.
Dentro desse contexto, uma outra conquista para a categoria é a promessa de que as promoções vão acontecer a cada cinco anos.
Segundo os líderes do movimento, essa determinação é importante porque há soldados que aguardam um escalonamento há cerca de 25 anos.