Foto: Raul Buarque/SEI Em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta quinta-feira (15), o governador João Lyra Neto (PSB) se queixou que os líderes do movimento grevista da Polícia Militar prometeram encerrar a paralisação no diálogo com o Governo do Estado e não cumpriram. “Eles cometeram uma insensatez”, avaliou. “Acordaram com o governo de encerrar o movimento.
Não cumpriram o acordo e decidiram manter a greve”, afirmou, em conversa com o apresentador Geraldo Freire.
O próprio governador usou a palavra “crise” para se referir a situação na PM.
Ouça a íntegra da entrevista no site da Rádio Jornal.
Lyra garantiu que o governo foi extremamente democrático durante as negociações, lembrou que já negociava todas as reivindicações antes da paralisação e e citou que o aumento previsto para 2014, de 14,55%, é superior à inflação.
A categoria, porém, pede 50% de reajuste. “Nós temos limites de Orçamento, nós temos limites fiscais, nós temos uma Lei de Responsabilidade Fiscal que define o limite de gastos do governo com pessoal”, justificou Lyra.
O governador disse que desde às 6h acompanhava as negociações, lideradas pelo secretário da Casa Civil, Luciano Vásquez.
No final da tarde, falou por telefone com a presidente Dilma Rousseff (PT) e garantiu a vinda da Força Nacional de Segurança para o Estado.
Os oficiais da Força Nacional chegaram ao Recife por volta das 5h desta quinta.
Eles começam a atuar às 10h.
No início da tarde, Lyra deve receber o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. À noite, após a decisão dos policiais em seguir com o movimento, o Governo do Estado entrou com um pedido para que a ilegalidade da greve fosse declarada na Justiça.
O próprio presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o desembargador Frederico Neves, acatou o pedido.
Das 18 solicitações dos militares, o Governo do Estado conseguiu reduzir os pedidos para quatro.
Três estão sendo negociadas.
A última, o aumento no valor do vale refeição, está impedido pela Legislação Eleitoral pela proximidade com as eleições.