Foto: Michele Souza/JC Imagem O clima de tensão e insegurança causado pela paralisação, por tempo indeterminado, dos Policiais Militares de Pernambuco está deixando a população do Estado em polvorosa.

Lojas saqueadas, estabelecimentos de ensino fechados e arrombamentos a carros-fortes dão a dimensão do cenário de tensão que instalou-se no Grande Recife.

Na cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, um grupo vestido com camisa da torcida organizada do Sport tentou arrombar um carro-forte.

Os seguranças particulares reagiram atirando, mas ninguém ficou ferido.

Policiais da Companhia Independente de Operações de Sobrevivência em Área da Caatinga (Ciosac) prenderam quatro pessoas.

No Centro do Recife, os lojistas estão trabalhando com a iminência de fechar.

Isso porque a maioria das lojas não retirou o ferro que dá sustentação para fechar a porta. “Se acontecer algum tumulto, fechamos a loja”, disse um comerciante.

Cerca de 60 policiais da Companhia Independente de Operações de Sobrevivência em Área da Caatinga (Ciosac), tropa de confiança do Governo e que por isso não pode aderir à paralisação da Polícia Militar, já estão no Grande Recife desde às 22h desta quarta-feira (14).

Os carros da Força Nacional de Segurança do Exército também já estão nas ruas.

Os agentes chegaram ao Recife por volta das 4h de hoje para atuar na segurança do Estado por causa da greve dos militares.

A quantidade de homens não foi divulgada por motivo de segurança, mas sabe-se que o primeiro grupo veio de Alagoas e deverá atuar em parceria com o Exército local e policiais da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência (Ciosac).

Além do grupo desta manhã, o Governo de Pernambuco aguarda uma segunda leva de agentes da Força Nacional de Segurança que devem chegar no início da tarde.

A greve foi considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

A declaração foi divulgada na manhã desta quinta-feira (15).

De acordo com a assessoria do TJPE, caso os policiais militares continuem com a paralisação, a associação será multada em R$ 100 mil por dia.

A atitude foi tomada ainda na noite dessa quarta (14) pelo desembargador e presidente da Casa, Frederico Neves, que determinou retorno imediato da categoria ao trabalho.

A primeira ação da Ciosac na noite dessa quarta foi conter os saques realizados em Abreu e Lima.

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