Foto: Roberto Stuckert/Instituto Lula Em passagem pela Bahia nessa segunda-feira (12), o ex-presidente Lula (PT) cobrou a paternidade do governo federal sobre os avanços sociais ocorridos em Pernambuco e Minas Gerais.
Os dois estados eram governados pelos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB), que disputarão a eleição contra a presidente Dilma Rousseff (PT), sucessora de Lula. “Quem cuida dos pobres em Minas Gerais? É o governo federal.
E em Pernambuco? É o governo federal”, disse. “É só ver quem são nossos adversários e ver qual a política social que eles fizeram nos Estados, para ver se não tem um dedinho do governo federal”, cobrou.
Lula e Campos eram grandes aliados e se chamavam de “amigos”, até o socialista decidir rompera a aliança nacional com o PT para disputar a Presidência.
No PT, há quem chame Eduardo de “traidor” pelo rompimento.
Em Pernambuco, o PT tem usado o discurso de que a aliança com o governo federal foi o que permitiu que o Estado avançasse.
Diz que só na gestão Dilma, foram investidos R$ 33 bilhões no Estado.
Desde o lançamento da candidatura presidencial de Campos, ministros e a própria presidente Dilma têm marcado presença no Estado para dar visibilidade às ações federais.
Nesta terça (13), a petista estará em Cabrobó, no Sertão do São Francisco, para visitar obras da Transposição do Rio São Francisco.
ELITES - Em dois eventos na Bahia, Lula mostrou que pretende manter o discurso adotado pelo PT nas últimas eleições para tentar garantir a reeleição de Dilma.
Ele atacou “as elites”, que para ele “estão incomodadas” por “ter de repartir o bolo”, e não poupou a imprensa. “Nós temos de ter consciência que nós temos como instrumento da oposição contra nós uma parte dos meios de comunicação deste país.
Temos de trabalhar a imprensa local, o jornalzinho da cidade, a rádio da cidade.
Eles têm muita importância.” Lula defendeu tanto o governo Dilma quanto a gestão da Petrobras alvo de denúncias de possíveis irregularidades administrativas, e atacou a oposição. “Eles esquecem de dizer que, quando eu cheguei à Presidência, a Petrobrás valia US$ 15 bilhões no mercado de ações.
Eles agora dizem que a Petrobras caiu, mas ainda assim a Petrobras vale US$ 98 bilhões.” Em outro momento, o ex-presidente defendeu diretamente a gestão da estatal nos últimos anos e disse não temer a CPI da empresa. “Acho que eles estão interessados em fazer caixa de campanha, porque não tem outra explicação para essas acusações.” Com informações da Agência Estado.