Paulo Câmara se reúne com representantes da classe médica.

Foto: Aluísio Moreira/ PSB Em reunião com entidades da classe médica, nesta segunda-feira (12), o pré-candidato da Frente Popular ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB), afirmou que o grande problema enfrentado pela gestão da saúde no Brasil é a atual configuração do Pacto Federativo.

O socialista criticou a concentração das verbas do setor nas mãos do governo federal. “A União arrecada hoje muito mais do que antes, mas compartilha muito menos com Estados e municípios.

O SUS (Sistema Único de Saúde) já teve participação de 85% de verbas federais.

Hoje são somente 45%”, argumentou Câmara, que defendeu para o setor um “jogo mais transparente, com menos política e mais gestão”.

Com a omissão da União e o caixa esvaziado dos municípios, a demanda do sistema acaba recaindo sobre a gestão estadual. “Esse jogo de ’empurra-empurra’ penaliza o cidadão”, explicou o pré-candidato.

O socialista previu que esse problema deverá ser diminuído substancialmente, caso o ex-governador Eduardo Campos (PSB) se eleja, já que a revisão do Pacto Federativo em favor de estados e municípios é uma das principais propostas do presidenciável.

Câmara lembrou os avanços na Saúde durante os sete anos e três meses do Governo Eduardo Campos, especialmente em infraestrutura, com a construção de dez novas unidades de saúde e 29 UPAs, além das reformas de hospitais. “As pesquisas sempre indicam que a própria população aponta a saúde como a área em que o Governo mais avançou.

Mas vamos fazer ainda mais.

Vamos priorizar a melhoria do serviço ofertado, potencializando o desempenhos das unidades e investindo em recursos humanos”, afirmou o socialista.

Participaram do encontro representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremepe), do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), com o objetivo de ouvir as demandas da categoria.

Entre as sugestões, estão o investimento para fortalecer a atenção básica da rede pública, alternativas de incentivos para a fixação dos médicos no interior, expansão do quadro e uma rede de compartilhamento de informações entre unidades de saúde sobre vagas e pacientes.