Foto: Alepe/Divulgação A discussão sobre o projeto de lei do Executivo que determina a doação de um terreno do Estado para o consórcio que gere a Arena Pernambuco foi levada ao plenário da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (12) pelo deputado Daniel Coelho (PSDB).

O parlamentar cobrou explicações do Governo de Pernambuco em relação aos custos totais que o estádio custou e ainda vai custar aos cofres pernambucanos, argumentando que esses números precisam ficar claros antes que seja feita mais alguma doação para as empresas responsáveis pelo equipamento. “Na semana passada a Comissão de Legislação e Justiça adiou a votação do projeto que doa um terreno para a empresa que está à frente da Parceria Público-Privada (PPP) da Arena da Copa.

Não temos problema nenhum em aprovar o projeto, se for o caso, mas o projeto precisa ser debatido, ser discutido pelos deputados e é necessário que se faça uma análise de qual é o custo total da Arena.

Precisamos saber o que já foi gasto até agora e o que será gasto nos próximos 29 anos”, afirmou Daniel Coelho.

O projeto de lei que vem gerando toda a polêmica é o 1973/2014, de autoria do Poder Executivo.

Segundo o seu artigo primeiro, “fica o Estado de Pernambuco autorizado a conceder o direito real de uso e convertê-lo em propriedade plena, em favor da empresa Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S/A” terrenos localizados em São Lourenço da Mata.

Semana passada, o procurador-geral do Estado, Thiago Norões, deu declarações à imprensa afirmando que não havia necessidade de se discutir esse projeto, que ele se tratava de uma mera formalidade e que o terreno já era da empresa.

Daniel Coelho contesta a afirmação. “Fiquei surpreso quando vi as declarações de Thiago Norões.

A prerrogativa de dizer se o projeto deve ou não ser discutido não é dele, é da Assembleia Legislativa.

Não cabe a ele ou ninguém do Executivo dizer o que nós, deputados, devemos ou não fazer”, enfatizou Daniel, que lembrou, ainda, as alterações que já foram feitas no contrato desde o primeiro que foi assinado, em junho de 2010. “Após os deputados terem aprovado o contrato inicial da PPP já houve três termos aditivos que alteraram os valores da Arena.

O custo da Arena naquele momento era um e agora é outro.

Eu não tenho, de antemão, uma posição em relação à doação do terreno, mas quero saber qual a conta que o governo está pagando pelo estádio.

Com clareza e esses números apresentados, podemos ter um julgamento em relação ao projeto de doação do terreno”, pontuou Daniel Coelho.