Em Serra Talhada, durante a visita presidencial, placas foram espalhadas pela cidade.
Foto: Marcela Balbino/BlogImagem Há um mês, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), recebia a presidente Dilma Rousseff (PT) com um discurso marcado por elogios à gestão federal.
Na Estação Ferroviária da cidade, o clima era de campanha eleitoral.
Porém, nesta terça-feira (13), em Cabrobó, no Sertão do São Francisco, a recepção não deve ser tão calorosa.
O prefeito do município, Auricélio Torres, do PSB, partido do ex-governador Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República, já cravou que cumprirá os ritos que mandam a “institucionalidade” do cargo.
Em entrevista à Rádio JC News, nesta segunda-feira (12), ele afirmou que vai agir com respeito e recebê-la como “manda o figurino”, mas a hipótese de um protesto não está descartada. “Nós vivemos em um Estado democrático e a população vai se posicionar”, afirmou o prefeito.
Na tentativa de blindar a presidente, o ato não terá pronunciamento.
Dilma chega a Cabrobó por volta das 15h40, segundo a assessoria presidencial.
Ela fará um sobrevoo nas estação de bombeamento do projeto de Transposição do Rio São Francisco.
Cabrobó é a última cidade do périplo da presidente pelas áreas da Transposição.
Ela também visitará o município de Jati, no Ceará, e vai inaugurar o túnel Cuncas II, em São José das Piranhas, na Paraíba.
No Ceará, ela concede entrevista à imprensa.
Questionado sobre os motivos do descontentamento com o governo federal, o prefeito de Cabrobó explicou que se sentiu desprestigiado quando esteve em Brasília para cobrar a realização de algumas obras, como a universalização do saneamento básico, prometida desde 2005, e não foi, segundo ele, bem recebido. “Iria criticar os auxiliares dela.
Os ministros.
Semana passada estive em Brasília e não fui recebido nem pelo Ministério da Integração e nem pelo Ministério das Cidades.
Me mandaram falar com assessores e pessoas que não tem poder de demandar nada e isso me chateou”, disparou o prefeito.
ALIADOS - Outro ponto que diferencia a visita de Dilma a Cabrobó é a ausência dos aliados.
O pré-candidato Armando Monteiro Neto (PTB) não vai viajar para o Sertão.
Ele eparticipa da eleição da nova diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O candidato à reeleição, o empresário mineiro Robson Andrade, teve o apoio de Armando quando se candidatou em 2010.
O deputado federal Pedro Eugênio (PT) também levará falta na visita presidencial.
Nesta quarta (13), ele estará em Brasília para a discussão do projeto SuperSimples, aprovado na última quarta-feira (7).
Pedro Eugênio é autor do projeto que propôe aperfeiçoamentos no Simples beneficiando as micro e pequenas empresas.