Foto: divulgação Presidente do PSDB em Pernambuco, o deputado federal Bruno Araújo ligou para o estadual Daniel Coelho e avisou para ele ficar de sobreaviso para ser escalado para uma possível “missão majoritária”: ser candidato ao Governo de Pernambuco ou ao Senado Federal.

O movimento é uma resposta ao possível rompimento do PSB com a candidatura do ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB) em Minas Gerais, estado do senador Aécio Neves (PSDB), que assim como o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) disputará a Presidência da República.

Leia também: Daniel Coelho confirma que pode ser candidato ao Governo de Pernambuco Daniel Coelho questiona posicionamento de FBC sobre apoio ao PT no 2º turno “Pau que dá em Chico dá em Francisco.

A convenção do PSDB aqui no Estado será realizada na data limite estabelecida pela legislação eleitoral para acompanhar o cumprimento dos acordos nacionais estabelecidos entre o PSDB e o PSB, de modo específico entre Minas Gerais e Pernambuco”, afirmou Bruno Araújo sobre o possível rompimento em Minas.

Segundo colocado na disputa pela Prefeitura do Recife em 2012, Daniel Coelho sempre foi visto como a melhor opção do PSDB para disputar uma eleição majoritária.

Mas faltava estrutura à legenda.

Desde que a aliança entre PSDB e PSB em Pernambuco foi fechada pelo ex-deputado federal Sérgio Guerra, falecido em março, ela sempre esteve atrelada a aliança com os tucanos em Minas.

A ideia era criar um pacto de não-agressão entre tucanos e socialistas nas bases eleitorais dos dois presidenciáveis.

Nacionalmente, porém, Campos e Aécio andam se estranhando.

Há dois dias, a ex-senadora Marina Silva (Rede/PSB), vice de Campos, afirmou que Aécio “cheira à derrota”.

O mineiro respondeu dizendo que faltava humildade a ex-senadora, que estava fazendo o jogo do PT ao dividir à oposição.

A declaração de Marina, porém, foi endossada por Eduardo.

Ao lado do ex-governador, ela chegou a dizer, nessa sexta-feira (9), que o tucano é que não foi humilde ao querer usar o PSB como “linha auxiliar de sua candidatura”.

Em visita ao Recife em fevereiro, Aécio avaliou aos colegas de partido que venceria Campos em todos os estados, menos em Pernambuco e ressaltou que era necessário manter a aliança aqui para assegurar o apoio do PSB no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

Pesquisa divulgada pelo Datafolha nessa sexta (9) mostra que o crescimento do tucano nas intenções de voto já levaria a eleição para o segundo turno.

Terceiro colocado, Eduardo avançou apenas 1% e acredita que os votos passarão a subir a partir de agosto.

MINAS - Já em Minas, a Rede Sustentabilidade, partido que Marina tentou criar, mas não conseguiu, defende o nome do ambientalista Apolo Heringer como candidato ao Governo.

Os aliados da ex-senadora já conseguiram romper a aliança firmada entre o PSB e o PSDB em São Paulo, para a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Nota na coluna Painel da Folha de S.

Paulo neste sábado (10), aponta que Eduardo teria deflagrado conversas com a intenção de lançar um candidato próprio quando esteve nas cidades de Uberaba e Uberlândia, em Minas Gerais, na quinta (8).

Já em Pernambuco, tucanos e socialistas se estranharam recentemente por causa das declarações do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, candidato ao Senado pelo PSB, de que Campos apoiaria Dilma Rousseff em um eventual segundo turno.