Foto: reprodução do Facebook de Eduardo Campos Durante o evento do PSB nessa sexta-feira (9), o ex-governador de Pernambuco e presidenciável do partido Eduardo Campos prometeu ensinar a presidente Dilma Rousseff (PT) a reduzir a inflação no País sem gerar desemprego. “Ela vai ver como é que se atinge [a meta de inflação] sem gerar desemprego e gerando um ambiente de confiança no Brasil.
A partir do dia primeiro de janeiro, ela vai ver”, afirmou.
A declaração é uma resposta à crítica de Dilma quanto a proposta de Campos de reduzir a inflação para 4,5% até o final do próximo mandato presidencial, em 2018, e começar a buscar uma inflação de 3% a partir de 2019.
Em crítica recente, a presidente afirmou que para concretizá-la, seria preciso reduzir muito os empregos, por causa do processo de esfriamento da economia resultante da queda do consumo. “Isso é um discurso político, de baixa qualidade, que demonstra desespero eleitoral porque o nosso compromisso, e nós falamos com toda a clareza, é exatamente uma meta de inflação de 4,5%.
A meta que ela mesma se propôs a cumprir, e não cumpriu.
E não cumpriu porque teve uma condução completamente equivocada da macroeconomia brasileira.
Chegando ao primarismo de imaginar que ia esconder do Brasil que não tinha compromisso com o tripé macroeconômico”, rebateu o pernambucano. “É a própria meta proposta por ela. É só ela ler o PPA [Plano Plurianual, expécie de previsão do governo para os quatro anos de mandato] que ela mandou para o Congresso que ela vai ver que é o que nós estamos propondo é centro da meta que ela propôs e não atingiu porque ela não teve uma condução macroeconômica responsável”, atacou ainda.
Campos ainda fez questão de rebater o discurso de Dilma de que o resultado econômico de uma redução significativa da inflação como prometida pelo PSB ameaçaria a capacidade do governo federal de levar adiante os programas sociais no Brasil. “A gente não vai mexer em conquistas sociais, absolutamente.
Isso é um terrorismo eleitoral de baixa qualidade”, classificou. “A forma de preservar os empregos no Brasil é ter uma condução macroeconômica que contenha a inflação efetivamente”, rebateu.
Para o ex-governador, é a inflação que pode ameaçar as conquistas sociais, por corroer o poder de compra num País onde o crescimento econômico é fortemente influenciado pelo consumo. “É preciso ter a consciência de que a presidente negou ao Brasil um tempo de inflação em alta.
Um tempo de inflação que está corroendo a renda da classe trabalhadora, sobretudo dos mais pobres.
A inflação na comida, não é essa inflação oficial, ela passa dos dois dígitos”, disse ainda.