O pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) criticou nesta terça-feira (6) uma das maiores vitrines eleitorais da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), o programa Mais Médicos.

Em uma plateia formada por médicos e professores, o socialista afirmou que a estratégia é boa no primeiro momento, mas será “fortemente derrotada” no futuro.

De acordo com a Folha de S.

Paulo, Campos reconheceu a necessidade do serviço de atenção básica à saúde, mas pontuou que falta estrutura para dar continuidade ao trabalho dos profissionais.

Apesar das críticas, o presidenciável descartou a possibilidade de extinguir o programa.

Ele propôs uma auditoria sobre os contratos e sobre os efeitos da presença dos médicos. “Nós precisamos de uma formação médica no País em quantidade suficiente para, amanhã, não precisarmos mais importar.

Não vamos, no entanto, devolver ou retirar médicos”, afirmou o socialista. “A União precisa colocar a mão no bolso e rever o financiamento para o setor, aumentando a expressão per capita para a saúde.

O governo se afastou desse debate porque não tem o que falar a respeito”, comentou.

Para o socialista, o setor de saúde exige um planejamento estratégico e afirmou que “não existe solução mágica para solucionar o problema”. “Para isso, temos de nos afastar do marketing político, e caminhar rumo a um debate consistente, que é o que interessa para a população”, afirmou.

Segundo Campos, a essência está em dois pilares: gestão e educação. “É preciso investir na formação das pessoas e na pesquisa, garantir o comprometimento da União com o financiamento da saúde pública, reduzir a carga tributária e, principalmente, acabar com o fisiologismo político e com o aparelhamento das agências reguladoras”, disse.