As discussões acerca da construção do Anel Viário Metropolitano continuam.
Nesta segunda-feira (5), o Centro de Apoio Operacional (Caop) do meio ambiente, do Ministério Público de Pernambuco, recebeu para uma reunião o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) e integrantes do Agência de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) e do Fórum Socioambiental de Aldeia, este órgão que solicitou o encontro e entregou ao MPPE documentos para subsidiar ações de fiscalização e intervenção da obra.
A reunião foi solicitada pelo Fórum para, segundo seu presidente, Manoel Ferreira, formalizar junto ao Ministério Público a opinião do grupo sobre a construção do Anel Viário.
A entidade se opõe ao traçado imposto pelo Denit, responsável pela obra, que corta a Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. “Agradecemos o envolvimento da Assembleia Legislativa, na pessoa do deputado Aluísio Lessa, que nos recebeu em uma audiência pública, e também à CPRH.
Nossos debates e reflexões têm sido bastante produtivos.
O arco, nós reconhecemos como muito importante para nosso desenvolvimento econômico, mas temos que levar em consideração as variantes ambientais”, afirmou Ferreira.
O engenheiro Herbert Pereira, que também é membro do Fórum Socioambiental de Aldeia, acusou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de não ter nenhuma disponibilidade para discutir o assunto, “e os representante de lá continuam insistindo na legalidade do projeto”. “Nós, quanto sociedade, queremos saber como funciona, de fato as negociações desta obra.” O debate foi acompanhado pelo presidente da CPRH e técnicos da agência, que têm fiscalizado o edital da obra.
Ao promotor André Felipe Menezes foi entregue uma cópia do histórico do Arco Viário, gravações de voz da audiência pública, imagens.
O deputado Aluísio Lessa, que tem participado de todas as discussões sobre o tem, afirmou que o impasse da construção foi intensificado devido ao período eleitoral que o País vive. “O governo de Pernambuco tinha condições de bancar essa obra, no entanto, há cerca de um ano, houve essa reviravolta e o governo federal puxou para si a responsabilidade de tocar 100% o Arco Viário”, lembrou Lessa. “Não vi nenhuma opinião contrária à construção dessa via.
Nem de órgão não governamentais, nenhuma força política.
O que não pode é prejudicar a Mata.
Além disso, faltou uma terceira audiência pública em Aldeia, além das que aconteceram em Igarassu e Moreno, justamente onde aconteceria um significativo impacto ambiental”, concluiu o deputado, que se comprometeu em levar a ata da reunião para o governador do Estado, João Lyra.