O senador mineiro Aécio Neves, do PSDB, falou no Forum de Comandatuba, nesta sexta-feira, sobre a importância da gestão pública eficiente para melhorar os índices sociais.
Reafirmou seu compromisso de criar uma secretaria que, num prazo de 6 meses, apresente uma proposta de simplificação do sistema tributário e também de resgatar o papel das agências reguladoras, apresentando modelo que permita eficiência na gestão pública.
Defendeu, ainda, o fim da reeleição para os cargos públicos, especialmente com a discussão do fim de doações do setor privado para campanhas políticas, e o fim da maioridade penal para casos extremos.
O pré-candidato fez também uma análise dos últimos dez anos e criticou a flexibilização que o ex-presidente Lula promoveu nos pilares macroeconômicos, deixando de ter o controle inflacionário como meta.
Citou os péssimos resultados da balança comercial, a perda de confiança crescente no Brasil, com redução dos investimentos, a demonização das privatizações e das parcerias com o setor privado e a carga tributária inibidora da produtividade brasileira. “Quando deveríamos estar aqui falando de expansão e crescimento, voltamos a falar de uma agenda do passado, que é a estabilidade da moeda. É quase uma década perdida”, afirmou.
Sobre as manifestações que ocorreram ontem em São Paulo durante as comemorações ao Dia do Trabalhador, Aécio confirmou que há uma distância entre os interesses da sociedade e o discurso de seus representantes. “Isso ocorre pela ausência de resposta efetiva do governo federal.
Existe um desencanto enorme com grande parte dos atuais governantes e também com uma parte dos políticos de uma forma geral”, comentou.
Na opinião do pré-candidato, a população pede uma nova interlocução.
Aécio lembrou que não existe um plano nacional de segurança. “87% de tudo o que se gasta com segurança pública no Brasil são provenientes dos cofres dos estados.
Isso precisa mudar para haver uma parceria efetiva da União com os estados”, afirmou.
Em relação ao meio ambiente, Aécio afirmou que essa preocupação tem que estar presente em cada ação de qualquer área do governo.
Para o pré-candidato do PSDB, o maior gargalo neste setor é a falta de investimento humano e a fragilidade das Santas Casas, que carecem de um planejamento com gestão, metas e resultados.
Defendeu também um sistema de desenvolvimento de carreira para os médicos.
Para finalizar, quando perguntados sobre as três ações que promoveram para mudar o estado que governaram, Aécio nomeou: os resultados na educação, com Minas Gerais atingindo a melhor educação básica do Brasil, segundo IDEB; a obrigatoriedade de uma certificação para a indicação a cargos públicos, melhorando a qualidade dos serviços; o sucesso das parcerias com setor privado, resultando na primeira PPP na área de rodovias e criando espaço para quem quisesse investir no estado; e que tudo isso se resume a uma boa aplicação do dinheiro público.