Paulo Câmara durante conversa com representantes dos sindicatos.

Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem Na tentativa de desvencilhar-se de embates e imprimir uma característica mais propositiva à (pré) campanha, o pré-candidato ao governo pela Frente Popular, Paulo Câmara (PSB), antecipou nesta quarta-feira (30) que seu plano de governo deve estar finalizado no mês de julho, época em que estará aberta, oficialmente, a campanha eleitoral.

O anúncio aconteceu durante o encontro dos candidatos - Paulo Câmara, Fernando Bezerra Coelho e Raul Henry (que chegou mais tarde ao encontro) - com representantes de sindicatos ligados à Nova Central Sindical de Trabalhadores de Pernambuco (NCST) para recolher e sugerir propostas que poderão ser integradas ao plano. “Ao longo da pré-candidatura, nós vamos fazer o nosso programa de governo que vai ser apresentado em julho, a partir da campanha eleitoral, que começa três meses antes, então deve iniciar pelo dia 4 ou 5 de julho”, explicou Câmara.

Enquanto isso, reuniões temáticas estão sendo realizadas para buscar propostas e, posteriormente, serão organizadas oficinas com assuntos específicos. “Chamaremos os autores envolvidos com o tema e com esse conjunto de discussões.

A partir daí é que a gente vai seguir com as propostas, as que sejam viáveis de execução no prazo do próximo governo”, acrescentou o pré-candidato.

ENSINO TÉCNICO - No encontro para recolher as propostas com os sindicalistas, Câmara montou uma pauta propositiva.

Uma das promessas é o estímulo ao ensino profissionalizante, com a criação de uma escola técnica para “formação de formadores”, segundo definição do socialista.

A ideia, de acordo com Câmara, é transformar Pernambuco no maior centro de formação técnica do Norte e Nordeste. “Pernambuco é um dos poucos Estados que investem em curso técnico e qualificação profissional, porque reconhece que produtividade gera melhores empregos e melhores salários para o nosso povo”, afirmou.

CRÍTICAS - Mais uma vez, as críticas políticas ficaram a cargo dos interlocutores de Câmara.

No caso, o presidente da Nova Central Sindical, Israel Torres, carregou o tom e disparou que não vai participar do ato da CUT, nesta quinta-feira (30), no Pina, porque não faz “pacto com traidores”, em referência à Força Sindical, aliada do ex-senador Armando Monteiro Neto. “Não estarei no palanque que Armando Monteiro Neto estiver.

Ele ficou 19 anos na Câmara e não fez nada pelos trabalhadores”, criticou.