Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), anunciou no final da manhã desta segunda-feira (28) que o projeto do Parque Linear do Capibaribe vai começar a ser implantado a partir de uma mudança no projeto da Avenida Beira-Rio.
No trecho que liga as pontes da Torre e da Capunga, a via, que originalmente foi planejada para ter quatro faixas, vai possuir apenas duas, e adquirir as características de via local.
Com a redução do trecho de pavimento de 26 para sete metros, a Beira-Rio dará espaço a uma ciclovia e um passeio para pedestres, além de outros equipamentos públicos.
A obra estava orçada em R$ 57 milhões; parte em contrapartida do governo federal.
Os custos devem ser reduzidos com a diminuição do número de faixas.
O projeto básico fica pronto no final de maio e a licitação sai em junho.
A ideia é que a intervenção fique pronta num prazo de 18 meses.
Outra etapa que começará a sair do papel é uma intervenção no entorno do baobá que fica por trás da Ponte D’uchoa, cuja reforma foi entregue nesse domingo (27).
O projeto básico ficará pronto até o final de junho.
Duas ruas que ligam a antiga estação até o rio passarão por uma adequação para dar prioridade aos pedestres.
Também será construída uma área de contemplação junto ao baobá.
No geral, porém, o prefeito reconheceu que a conclusão de todo o Parque não ocorrerá durante seu mandato. “É um trecho muito grande.
Vai envolver muitos recursos.
A gente precisa primeiro dos projetos básicos para saber quanto é que custa”, explicou.
Conheça a proposta da UFPE: [NE10] Projeto Parque do Capibaribe O Parque Capibaribe compreende uma extensão de 30,64 quilômetros, que vai da Mata da Várzea até a Ponte 6 de Maio, no Centro do Recife.
A proposta, construída a partir de um convênio com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi apresentada nesta segunda.
Além da diminuição do trecho da Beira-Rio, a proposta prevê a construção de 12 passarelas de pedestres ligando as duas margens do rio.
Vias que dão acesso ao curso d’água também devem ser modificadas para dar lugar a alamedas e ruas-parque.
Nas margens do Capibaribe, mirantes, passagens e equipamentos culturais devem ser construídos pela PCR, levando em consideração as demandas de cada localidade.
PILOTO - A equipe da UFPE que propôs o projeto, porém, indica como piloto para implantação do Parque um trecho que vai do Poço das Panelas até a Praça do Derby.
A região compreende a maior parte da população beneficiada e dos equipamentos públicos envolvidos em todo o projeto.
O espaço compreende três parques de intervenções: Parque do Futuro, em Santana; o Parque do Meio do Mundo, na Jaqueira; e o Parque da Cultura, no Derby.
Neles, além de piéres, áreas de lazer e praças, podem ser construídas um espaço esportivo, uma quadra de futebol e um centro cultural.
Para esse trecho, o projeto básico, com levantamento de custos, será entregue à PCR no dia 30 de julho.
O plano urbanístico total compreende uma área de 500 metros a partir de cada margem do Rio e pode atingir até um terço da população do município.
O Memorial de Medicina, no Derby, deve dar lugar a uma praça.
Na área de Santana, a construção de uma passarela pode permitir o acesso direto entre a Caxangá e a Paraça de Casa Forte.
Em frente ao Parque da Jaqueira, pode ser discutida a implantação de um túnel.
SITE - Novas contribuições da sociedade poderão ser realizadas através de um site que o grupo responsável pelo projeto vai disponibilizar no período de um mês. “O que a gente vai fazer de obra daqui a dois anos, quatro anos, nem é o mais importante.
O mais importante é ter um projeto para o futuro”, defendeu Geraldo.
Para o socialista, algumas áreas e equipamentos já existentes na cidade podem ser readequadas para o projeto.
O exemplo dado foram os trechos próximos a Ponte da Torre, que precisariam apenas ser revitalizadas para se integrar ao projeto total.