Foto: Guga Matos/JC Imagem Nomeada em 2007 pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) e mantida no cargo há vinte dias pelo governador João Lyra Neto (PSB), a secretária da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque, afirmou no final da manhã desta quinta-feira (24), em conversa com o Blog de Jamildo, que é favorável à descriminalização do aborto no País. “Ninguém é a favor do aborto.
Todos nós somos a favor da descriminalização do aborto.
Não queremos que criminalize.
Essa é a nossa posição”, afirmou.
A declaração ocorre na semana em que Campos causou polêmica ao se declarar contra a prática durante a visita ao Santuário Nacional de Aparecida no Domingo de Páscoa. “Como cidadão, a minha posição é a de todos.
Não conheço ninguém que seja a favor do aborto”, disse o socialista, que é candidato à Presidência da República.
Leia também: PT e PSOL fazem festa com ironias para Eduardo Campos sobre o tema aborto. “Não conhece a própria mãe” Em 2008, Ana Arraes tentou ressuscitar Projeto de Lei que libera aborto A frase causou polêmica principalmente junto a representantes do movimento feminista, que defendem o direito de escolha da mulher sobre o próprio corpo.
Histórica representante do movimento em Pernambuco, Cristina Buarque minimizou a declaração. “O que foi que ele disse de mais importante?
Que a legislação é adequada”, disse. “Essa foi sempre a posição do governador.
Não tem nenhuma novidade”, afirmou. “Ele é um cristão”, ressaltou. “O governador é um homem que realmente conhece que a questão do aborto é um problema de saúde pública, disse a secretária.
Para Cristina, o número de abortos realizados é muito superior aos que são identificados pelo Estado. “As mulheres fazem muito aborto.
A verdade é essa.
As mulheres fazem aborto.
Todas.
As mulheres de todas as religiões fazem aborto ou sofrem aborto”, afirmou.
ANA ARRAES - Nessa quarta (23), o Blog de Jamildo revelou que a mãe do ex-governador Eduardo Campos, a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, apoiou um recurso para que a Câmara dos Deputados desengavetasse um projeto de lei que permitia a descriminalização do aborto no País, em 2008, quanto Ana ainda era deputada federal.
Integrantes do PT e do PSOL, partidos adversários políticos de Campos, teceram diversas ironias após a matéria, questionando se o ex-governador não conheceria nem a própria mãe.
Leia também: Frase polêmica de Eduardo sobre aborto gera mobilização contrária nas redes sociais Depois de aborto, Eduardo Campos diz ser contra redução da maioridade penal