Ao lado do presidente da CNBB, Eduardo Campos disse ser contra o aborto.
Foto: reprodução do Facebook Dois dias depois de afirmar ser contra o aborto, o ex-governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), afirmou na manhã desta terça-feira (22), em entrevista à Rádio Jornal, que também é contrário à redução da maioridade penal no País. “As pessoas imaginam que se diminuir a maioridade penal vão resolver o problema da criminalidade.
E não vai.
Isso na verdade é um mito”, afirmou, em entrevista ao apresentador Geraldo Freire. “Se você não cuidar de gerar trabalho, renda e educação de qualidade, você vai reduzir pra 16, depois pra 14, depois pra 12 e não vai resolver o problema.
Porque as crianças não entram na criminalidade porque já nascem com essa tendência ou com essa índole, é a falta de oportunidade”, argumentou.
O ex-governador defendeu a necessidade de se investir em educação e creches para evitar que as crianças e adolescentes tenham contato com o crime.
Ele também defendeu um olhar diferenciado para o problema das drogas, principalmente do crack. “Se fosse pra mudar uma lei e resolver o problema, se mudava a lei e o problema estava resolvido no dia seguinte.
E não é assim”, disse.
Ouça a íntegra da entrevista no site da Rádio Jornal.
ABORTO - Em visita ao Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo, durante o domingo de Páscoa, Campos levantou a polêmica ao defender a legislação brasileira atual que proíbe o aborto, exceto em casos de estupro, feto anencefálico ou quando há risco de vida para a mulher. “Acho que a legislação brasileira é adequada e, como cidadão, a minha posição é a de todos.
Não conheço ninguém que seja a favor do aborto”, disse o presidenciável, ao lado do cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A declaração causou polêmica na Internet, principalmente entre os simpatizantes do movimento feminista, que defendem a interrupção da gravidez, justificando que as mulheres devem ter direito ao próprio corpo.