Campos: ‘Dilma sinaliza que fugirá dos debates’ 135 Josias de Souza 19/04/2014 05:49 Comunicar erro Imprimir O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, acha que Dilma Rousseff emite sinais de que fugirá dos debates que estão sendo organizados por emissoras de tevê e portais de internet.

Farejou o desejo de fuga nos relatos que recebeu dos assessores que o representam nas reuniões preparatórias. “Considero lamentável que a presidenta Dilma sinalize que fugirá dos debates”, disse ele, em entrevista ao blog.

Nas palavras de Campos, Dilma e seus operadores se equipam apostando “na construção de uma campanha completamente conservadora e reacionária”.

Avalia que, além de esquivar-se do confronto de ideias, disseminam a “descrença em relação à participação da sociedade” e recorrem ao “terrorismo político” contra os que defendem mudanças. “Quando você precisa correr do debate, apostar no desânimo do povo e disseminar o medo é porque alguma coisa está errada”, declarou. “O que eles não estão considerando é o seguinte: uma aparente desmotivação pode virar uma grande mobilização.

O liame entre o desânimo absoluto e a mobilização é tênue.

Basta uma fagulha”, acrescentou noutro trecho da conversa.

Após formalizar a chapa que terá Marina Silva como candidata a vice-presidente, Eduardo Campos mudou-se para São Paulo.

Instalou-se num flat no bairro paulistano de Moema, onde passa o feriadão da Páscoa com a família.

Despachará provisoriamente na sede do PSB estadual.

Procura uma casa ou um conjunto de salas para montar o seu quartel general em junho, depois da convenção que formalizará sua candidatura.

Vai abaixo a íntegra da entrevista.

Nela, Campos fala da agressividade de Dilma —“precisa se habituar à ideia de que tem pessoas que não concordam com ela”—, avalia o desempenho da supergerente —“não há dúvida de que fracassou”—, faz promessas —“vamos blindar a Petrobras contra ações fisiológicas”—, diz o que planeja fazer com os políticos tradicionais que apoiam qualquer governo —“vou mandá-los para a oposição”— e explica porque prefere não se aliar ao tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno —“precisamos ter a nossa identidade em São Paulo, a nossa cara.” Leia mais aqui