Dilma, em discurso em Brasília Nós hoje temos em funcionamento 314 Unidades de Pronto Atendimento e nós liberamos recursos para construir mais 639, das quais 285 estão em obras.
Aqui também é importantíssimo todos os padrões alternativos de construção para diminuir o tempo de construção, usando tanto o sistema, o regime de contratação direta, mas diminuindo o tempo.
Eu ressalto que também postos de saúde nós tivemos uma grande expansão.
Nós construímos mais 506 postos já prontos e tem 2991 em obras.
O governo federal faz isso em parceria com prefeituras, com municípios.
Com toda a dificuldade nós padronizamos agora, para dar ao prefeito a segurança, ele tem uma planta e tem qual é o modelo para construir, para tentar agilizar o processo nos municípios, que são mais de 5600 municípios nesse nosso país afora.
E uma coisa que acho estratégica: nós estamos ampliando as vagas nos cursos de medicina.
Essas vagas nos cursos de medicina, nós temos a meta, até 2017, de criar 11400 novas vagas, e também outros 11 mil a 12 mil áreas de residência médica, aliás, em várias áreas de residência médica.
Para quê?
Para que a gente tenha um volume de médicos necessários, e vamos sistematicamente ampliá-los.
E isso tem a ver também com a expansão das universidades e das faculdades de medicina.
Nós vamos chegar ao fim deste ano com mais, durante o meu governo, com 6mil vagas criadas em cursos de medicina, obviamente com qualidade e os critérios absolutamente necessários.
Eu acredito que na saúde nós ainda temos muita coisa a avançar, como temos na mobilidade também.
No caso da saúde eu acho que temos de levar em conta a existência do sistema privado de saúde, e ver como é que nós iremos, da forma mais criativa possível, olhar como eles se encaixam e como eles podem ser complementares, como a Constituição manda.
E isso também requer toda uma discussão nossa sobre a medicina especializada, estruturas laboratoriais e os exames, que é algo que a população brasileira, ela não só quer, ela exige, até por que essa é uma prática que nós sabemos que existe no nosso dia a dia, de cada um de nós, e existe também no dia a dia de cada um dos brasileiros e das brasileiras, esses 200 milhões que nós temos, desde que eles nascem até quando nós morremos.
Por isso, eu acho que esta é uma área em que nós iremos necessitar de muitas sugestões, muita discussão, como disse o nosso companheiro do Dieese, muito projeto debatido para que nós tenhamos a força da convicção para implantá-los.
Quero dizer para os senhores que não foi fácil implantar o Mais Médicos, mas era uma convicção que nós tínhamos, fruto de um debate de mais de um ano, e, por isso, nós implantamos.
Acho… e com vários segmentos, discutindo com os prefeitos, com os governadores, olhando as necessidades.
A mesma coisa será daqui para frente.
Eu acredito que o nosso pacto estratégico, num sentido de mais longo prazo, é a educação, e acho que na educação nós conseguimos um feito.
Os senhores não se referiram, mas eu vou me referir.
Aprovar a lei dos royalties, 75% para a educação e os 50% do pré-sal para a educação foi um momento muito importante.
Os outros 25[%] foram para a saúde, dos royalties.
Foi um momento muito importante, por quê?
Porque não se faz educação de qualidade sem dinheiro. É uma temeridade não discutir primeiro de onde vem o dinheiro, porque a gente cria uma exigência, por exemplo, sobre os municípios e se você não der suporte, não vai ser executado, fica só no papel.
O que é que esse processo, ele resulta?
Se você considerar que não é o governo federal, não é a Petrobrás, não é nenhum órgão local, se você considerar que o departamento de energia dos Estados Unidos e se considerar também que o Instituto Internacional de Energia estabelece que em… estabelece, não, estima que até 2020 nós vamos produzir em torno de 4 milhões de barris de petróleo/dia, e em 2030 podemos perfeitamente chegar a produzir 6 milhões de barris, nos transformando no 6º produtor mundial, é… estou tentando falar isso para dar uma ideia do tamanho dos recursos que teremos para essa área.
E por que temos de ter recursos para essa área?
Por que temos de gastar, sim, em custeio.
Sabe aquele negócio que não se pode gastar em custeio?
Tem de parar, tem de gastar em custeio, porque professor, pagamento de professor é custeio, então, nós vamos ter de valorizar professor.
Não tem milagre, não se faz educação de qualidade sem pagar bem o professor.
Mas não é só pagar bem o professor, é capacitar o professor.
Então, tem de um professor e também a sua capacitação.
E como tudo na vida, para cada um de nós tem de ter exigência, exigência de tempo de sala de aula, exigência de qualidade de ensino, padrões de atendimento, tem de ter um pacto pela educação.
E o pacto pela educação, primeiro é entre o professor, os alunos e o governo, quem está pagando o salário. É esse o pacto primordial da educação: professores bem capacitados e com bons salários.
Vai sair de onde?
Tem de sair dos 75% dos royalties do petróleo, além do que tem, porque hoje tem um orçamento, além do que tem, são professores bem formados e bem pagos, valorizados.
O status social no Brasil, do professor, tem de se elevar, para isso ele precisa de ser bem pago.
O professor tem de ser considerado um elemento essencial do progresso do nosso país, não existe como.
E eu falo isso para vocês porque eu vivo isso, eu sei que tem de ser assim, eu tenho absoluta convicção que tem de ser assim.