Por Dilma, em discurso nesta terça em Brasília Em 57 dias, a partir de hoje, nós vamos chegar na Copa do Mundo, e vocês fizeram ótimas sugestões sobre os grandes eventos.

Nós, nesses grandes eventos, estamos aprendendo, aprendemos com a Rio+20, aprendemos com a Copa das Confederações.

Agora, eu tenho certeza que a Copa do Mundo é uma outra questão.

A Copa do Mundo é o futebol voltando para casa, como diz à propaganda que está no ar e é algo que todos os brasileiros, todos, sem exceção, mesmo os que falam contra a copa, eles acabarão numa torcida apaixonada pelos nossos times, mas nós, que compomos o pano de fundo, nós temos de dar conta de uma copa, que tem de ser segura, muito segura, tem de ser confortável para as pessoas que vêm e tem de ser carinhosa na recepção.

Nós temos de entender que uma parte, uma parte de todos esses processos de investimento eles beneficiam a Copa, mas eles não são só para a Copa.

Hoje, por exemplo, eu vou lá, às 15 horas, eu vou inaugurar o Pier Sul, eles chamam de Pier Sul, acho até interessante, Pier Sul do aeroporto de Brasília, que aumenta em quase 100% a capacidade do aeroporto, mas o aeroporto não para aí, ele vai ter mais investimentos além desse.

Esse dá e sobra para a Copa.

Então, eu só quero falar isso, porque muitas vezes nas notícias nós somos…

Eu disse isso, citando o alienista, Machado de Assis: “Nós somo presos por ter cachorro, e por não ter cachorro.” Que é uma característica do Alienista, que é o seguinte, aí vão falar essa parte do aeroporto não está toda usada, ela vai ser colocada à disposição, mas ela não é só para a Copa, é pelo fato de que este país cresceu, tem uma taxa de crescimento de demanda aeroportuária extraordinária, fantástica, que chegou, nós chegamos já a 100 milhões de consumidores aeroportuários.

Então, outra questão, tem aeroporto que não precisa aumentar para a Copa, ele precisa aumentar para atender o país, e nós não vamos parar de investir e falar “agora altas, ninguém faz mais nada, esperamos a Copa” vai continuar.

Você cria, você segrega e continua investir, porque os aeroportos não são para a Copa só.

A mobilidade urbana não é só para a Copa.

O que é para a Copa?

Para a Copa foram os estádios.

Agora, para além da Copa, também os estádios são, todos os aeroportos da Copa, mas não são só os aeroportos da Copa pelo seguinte, porque nós usamos o dinheiro da outorga dos grandes aeroportos do país para fazer 270 aeroportos neste país, e por que nós fazemos isso?

Porque um aeroporto, aliás, um país dessa dimensão tem de ter… É mais de 270 que precisa, mas agora nós temos condição de fazer 270.

Temos de fazer 270 aeroportos. É impossível o Brasil não ter, e é óbvio que todos os aeroportos não serão iguais.

Aeroportos para aviões maiores, para aviões menores, mas o dinheiro das outorgas é para isso que está sendo usado, e será para isso que será usado.

Então, eu quero dizer o seguinte, a Copa, ela implica também num aperfeiçoamento imenso da nossa segurança.

Nós botaremos segurança pesada na Copa.

As nossas Forças Armadas participarão, em caráter dissuasório, mas participarão em toda retaguarda, e também na contenção.

Nós usaremos a nossa Polícia Federal, nós usaremos a nossa Polícia Rodoviária Federal, e temos parceria com todos os governadores, com todos os governadores temos feito reuniões sistemáticas e acompanhamos todos os eventos, sem exceção.

Não há a menor hipótese do governo federal pactuar com qualquer tipo de violência.

Nós não deixaremos em hipótese alguma a Copa ser contaminada. É um momento importante para o país, a gente sabe perfeitamente, os senhores também, o que seria se a gente fosse pagar um sistema de propaganda que fosse similar a esse que a Copa vai nos dar, nas suas aberturas, em todos os seus jogos, olhando todas essas 12 cidades.

Além disso, eu quero dizer outra coisa, eu tenho certeza que esse povo nosso é um povo caloroso, simpático, alegre, gentil.

Os alemães fizeram a Copa para provar que eles não eram sérios e sisudos.

Nós não precisamos fazer a Copa para provar que nós não somos sérios e sisudos.

Agora, nós podemos dar um show de recepção.

Cada um de nós é um recepcionista, porque nós vamos encontrar muita gente que busca informação e que quer saber.

Quero dizer para vocês que muitos, não poucos, muitos Chefes de Estado e de governo vão vir para a Copa, muitos.

Para citar um, já que eu estou olhando para o Gerdau, a Angela Merkel vem dia 16 para assistir Alemanha e Portugal, lá em Salvador.

Veja você.

Os BRICS escolheram, não foi eu que induzi não, os BRICS escolheram a reunião um dia depois do final da Copa, para fazerem a reunião dos BRICS em Fortaleza, vai ser em Fortaleza.

Outros todos vêm aqui e vão vir não só as pessoas, mas os Chefes de Estado e de governo vão vir lideranças, vão vir atores, atrizes, enfim.

Eu queria dizer para vocês que a Copa é uma responsabilidade do governo federal.

Nós não descartamos a nossa responsabilidade não, mas eu gostaria muito que todos os brasileiros ajudassem a gente a receber e lembrar sempre o seguinte: a gente, quando vai dar uma festa, limpa a casa, arruma direitinho.

Agora, tudo que a gente arrumar na casa fica depois para nós, é a mesma coisa com a Copa.

Nós vamos ter de ter um sistema de transmissão, um sistema de transmissão de imagem, de voz, funcionamento de celular de primeira linha, tudo isso vai ficar para quem?

Vai ficar para cada um de nós.

E, finalmente, eu queria dizer para vocês, e nós temos tradição, ninguém ganhou cinco campeonatos, ninguém tem os dois técnicos campeões mundiais, os dois não, é um só.

O Felipão é um deles e também, ninguém tem os jogadores.

Aliás, uma parte nós vamos ter de jogadores dos outros times de futebol, todo mundo vai dar palpite, são 200 milhões de técnicos e 200 milhões de jogadores espertos.

Por isso, eu desejo e peço a vocês uma grande presença na Copa do Mundo, para nos ajudar a fazer a Copa das Copas e um muito obrigado ao Conselho.

Falei demais, mas eu tinha que falar.

Obrigada.