Eduardo Campos, na sua página O FMI divulgou o Monitor Fiscal, painel que analisa a economia mundial.

Em uma lista de 24 países emergentes, o Brasil ocupa o quinto lugar de vulnerabilidade a um choque financeiro, atrás somente de Egito, Paquistão, Jordânia e Hungria.

Isso por causa das contas públicas do país: para rolar a dívida oficial e cobrir seu déficit público, o Brasil precisaria gastar quase um quinto (19,2%) do seu PIB. É uma situação preocupante e que precisa ser trabalhada urgentemente.

Mas, ao invés de aquecer a economia, aumentando a produtividade, reduzindo os gastos públicos e trabalhando para aumentar o PIB – que vem caindo a cada ano e hoje é cerca de metade dos nossos vizinhos da América Latina – o governo federal decidiu protestar contra os critérios usados pelo FMI na medição.

Contudo, questionar os números não muda o fato de que, enquanto boa parte dos países tem trabalhado para deixar a crise para trás, o Brasil continua estacionado.

Neste primeiro semestre, a balança comercial brasileira apresentou o maior déficit de sua história.

A credibilidade financeira do Brasil perante a comunidade internacional cai a cada dia e a inflação voltou a se tornar uma preocupação cotidiana. É preciso mudar este cenário.

O governo precisa começar a tratar este tema com mais transparência e de forma planejada, ao invés de usar soluções tomadas às pressas, que mudam as regras e apresentam metas cada vez menores.

O ano de 2015 está se anunciando mais complicado a cada dia que passa para todos os brasileiros, e o governo parece continuar sem sequer saber como agir.

Mas negar o problema é o primeiro passo para deixar de resolvê-lo.