Por Marcela Balbino, repórter do blog Apesar de os aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) afirmarem que a visita da petista a Pernambuco é apenas administrativa, nos bastidores sabe-se que a presença presidencial será marcada por simbolismo político.
Coincidência ou não, ela virá ao Estado no mesmo dia em que Eduardo Campos (PSB) lança a candidatura à presidência da República, em Brasília.
O objetivo não declarado da visita é promover um reforço no vínculo com a chapa Armando Monteiro Neto (PTB, governo estadual) e João Paulo (PT, Senado) e buscar também uma exposição pública do distanciamento declarado pelo ex-governador socialista.
Na cidade de Serra Talhada, no Sertão do Pajeú, os preparativos para a chegada da petista já foram finalizados.
A equipe do cerimonial da presidente Dilma e o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), aliado da presidente, estiveram reunidos na tarde de sexta-feira (11) para os últimos ajustes da visita.
O evento acontece nesta segunda (14), às 15h, no pátio da antiga Estação Ferroviária da cidade, no bairro São Cristóvão.
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Em março do ano passado, a presidente viajou a Serra Talhada para inauguração de parte da primeira etapa da Adutora, que visa amenizar os efeitos da estiagem nos municípios da região.
Na segunda, pela manhã, Dilma vai a Suape batizar e lançar o navio Dragão do Mar, construído pelo Estaleiro Atlântico Sul.
A cerimônia terá início às 10h30, e contará com a presença da presidenta, da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpetro, Sergio Machado.
Na época, a relação entre Dilma e Eduardo Campos (PSB) estava dando os primeiros sinais de esgotamento, quando o ex-governador ensaiava alçar voo solo rumo à presidência da República.
A cerimônia, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Ipojuca (PE), terá início às 10h30, e contará com a presença da presidenta Dilma Rousseff, da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do presidente da Transpetro, Sergio Machado.
João Lyra acompanhará a presidente Dilma nos encontros oficiais em Suape e em Serra Talhada.
A coincidência dos horários inviabilizou a ida do governador João Lyra Neto (PSB).
O governador cancelou a ida ao evento socialista, para o qual já tinha comprado as passagens em avião de carreira.
Lyra tem repetido o seu comprometimento com o projeto nacional de Eduardo e a chapa da frente governista, Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho (PSB).
Como chefe do governo estadual, João Lyra junta-se a Armando Monteiro, João Paulo e o líder do PT no Senado, Humberto Costa, escalados pela frente de oposição estadual, para a recepção à chefe de Estado, Dilma Rousseff.
Da Base Aérea para o ato no estaleiro e de lá para Serra Talhada, Lyra voará no helicóptero da PMPE.
A presidente pode convidá-lo para ir no mesmo voo.
A dúvida da agenda entre os chefes de governo João Lyra e Dilma Rousseff, que terá o antecessor e aliado de Lyra, Eduardo Campos, como um dos concorrentes à Presidência da República, inclui um almoço entre ambos.
O convite tem de partir da presidente.