Foto: Aluisio Moreira/SEI Em conversa com a imprensa no início da tarde desta quarta-feira (9), o secretário estadual de Planejamento, Frederico Amâncio, minimizou os boatos de que o governador João Lyra Neto (PSB) havia assumido o Governo do Estado com poucos recursos disponíveis para novas ações, já que a maior parte do dinheiro já estaria alocada.

Questionado, Amâncio confirmou que parte dos recursos são vinculados a alguns convênios federais, mas que a maior parcela deles pode ser remanejada para atender as prioridades definidas pelo governador. “A decisão de quanto vai ser o recurso e o que vai ser priorizado cabe ao governador”, afirmou.

Amâncio falou que também são livres os recursos de alguns empréstimos, além do dinheiro do tesouro estadual. “Tem muitas obras que nós adiantamos recursos do Tesouro Estadual e a gente vai ter reembolso esse ano”, disse o secretário. É o caso do investimento em Suape transferido para a Fiat, em Goiana.

Outra fonte de recursos é o empréstimo tomado junto ao Banco Mundial.

O Estado ainda tem em conta parte dos R$ 480 milhões liberados em dezembro e uma nova parcela de igual valor deve ser liberada nos próximos dias.

DINHEIRO FEDERAL - Durante a entrevista, Fred Amâncio reconheceu que houve uma diminuição no valor dos repasses de convênios federais nos dois primeiros meses do ano, mas negou que tenha ocorrido um problema atípico na liberação do dinheiro.

O ex-governador Eduardo Campos (PSB) disputará eleição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). “Efetivamente foi menor do que nos anos anteriores.

Mas nós temos até um volume maior previsto para este ano”, afirmou. “Talvez o que tenha acontecido neste início de ano é que a União não tenha processado, do ponto de vista burocrático, as liberações”, diz.

Aos secretários, João Lyra pediu um levantamento de todos os convênios com o governo federal.

Os números devem ser consolidados por Amâncio e depois apresentados ao governo.

Eles servirão para sustentar o diálogo que Lyra pretende ter com Dilma para alavancar recursos.