A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desta quarta-feira (9) para definir a abertura da CPI ampla para investigar a Petrobras, o cartel do metrô em São Paulo e atividades do Porto de Suape, em Pernambuco, foi pontuada por protestos e revolta da bancada oposicionista.
De autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), do partido aliado da presidente Dilma Rousseff, o relatório prevê a ampliação das investigações da CPI.
No caso, apurar projetos que podem comprometer a oposição, como os cartéis de trens paulistas e as atividades em Suape.
O texto atende aos interesses do governo, que quer ampliar as investigações para tirar o foco da estatal.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) havia apresentado, nessa terça-feira (08), parecer favorável ao requerimento proposto por Humberto.
Nesta quarta, por maioria, o colegiado aprovou a decisão.
Com a decisão da CCJ, vai ao plenário o parecer favorável a uma CPI mais ampla.
Os oposicionistas, representados pelo PSDB e PSB, alegaram que a proposta faz parte de uma manobra do governo e tentaram suspender a votação, mas foram derrotados por 13 votos contrários e dez a favor.
Após a derrota, a oposição deixou a sessão em protesto.
Durante o debate, a senadora Gleisi Hofmann (PT-PR) acusou a oposição de usar a CPI “com objetivos eleitorais”, ou seja, com o fim de provocar o desgaste político do governo com vistas à eleição presidencial em outubro, já que Dilma Rousseff era a presidente do Conselho de Administração da Petrobras quando o negócio de Pasadena foi aprovado.
Na última terça-feira (8), líderes da oposição entraram com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que a CPI da Petrobras investigue assuntos não relacionados à estatal.
A oposição no Congresso quer a apuração de quatro denúncias: a compra da refinaria em Pasadena, no Texas (EUA) e possíveis prejuízos; os indícios de superfaturamento na construção de refinarias; as suspeitas de pagamento de suborno a funcionários da estatal; e denúncias de que plataformas estariam operando sem os componentes de segurança exigidos.