Recife, 08 de Abril de 2014.

Prezados Senhores (as), Ontem ao me deparar com os noticiários políticos colocados pela imprensa de Pernambuco, fui surpreendido mais uma vez com os rumos políticos que o PRB estadual resolveu tomar referente eleições de 2014.

Como um dos fundadores do partido no estado de Pernambuco, e como membro da Igreja Universal a mais de 15 anos, gostaria de fazer algumas considerações referente a fatos noticiados no dia de ontem (07/04/2014) quando o PRB fez o anuncio formal que vai apoiar a chapa majoritária do PTB e PT para governador e senador respectivamente.

Pessoalmente acho o Senador Armando Monteiro uma pessoa preparada para concorrer ao cargo de governador de Pernambuco.

De igual modo, o deputado João Paulo para concorrer ao senado.

Porém os argumentos apresentados pela direção atual do PRB para romper com a frente popular, no meu modo de ver, são frágeis e não seguiram o caminho da “colegialidade, lealdade e da ética partidária no compromisso firmado pelo PRB com a frente popular de Pernambuco iniciada em 2010 que é liderada pelo ex-governador e presidenciável Eduardo Campos”.

Se não vejamos: Em 2010 o PRB não conseguiu eleger nenhum deputado estadual e federal em Pernambuco.

O máximo que o partido conseguiu foi a 2ª suplência para deputado federal (Pastor Vilalba que hoje se encontra filiado ao PP) e a 5ª suplência para deputado estadual (Bispo Ossesio Silva) que hoje é o vice-presidente estadual do PRB.

No início do ano de 2011, o então governador Eduardo Campos, promoveu para seu secretariado estadual, os deputados federais, Danilo Cabral e Maurício Rands.

Dessa forma, o PRB de Pernambuco através do deputado Vilalba, assumiu mandato na câmara federal, onde permanece até o dia de hoje.

De Igual modo, o governador convocou para seu secretariado os deputados: Alberto Feitosa, Isaltino Nascimento, Raquel Lira, e Laura Gomes.

E com a ida do deputado André Campos para a pasta do turismo no Recife, o deputado Ossesio Silva, assumiu a cadeira na assembléia legislativa até o mês de Janeiro de 2014.

Dando continuidade a essa parceria, coordenei o apoio do PRB nas eleições municipais de 2012 em Pernambuco, onde o partido apoiou 30 (trinta) candidatos a prefeitos do PSB, inclusive no Recife, com o prefeito Geraldo Júlio onde o partido conseguiu eleger 1 (um) representante aquele parlamento municipal (o vereador Alfredo Santana).

Além disso, elegemos mais 46 (quarenta e seis) vereadores e 1 (um) prefeito.

No ano de 2013, por não concordar com a falta de planejamento político do partido, e pela centralização das tomadas de decisões, resolvi sair do partido, mas ficava esperançoso que a legenda republicana não cometesse “o pecado da ingratidão política” o que infelizmente veio a ocorrer com O anuncio feito no dia 07 de abril de 2014.

Quero deixar claro que apesar de não militar formalmente nos quadros de filiados do PRB, tenho conversado semanalmente com a maioria dos vereadores do partido e dos presidentes das comissões municipais que foram nomeadas por nós, quando ainda estava no partido, e quero dizer que essas pessoas não concordam com a postura do partido deixar a frente popular nesse momento importante para Pernambuco.

Prova disso, foi quando do anuncio do partido em apoio à candidatura do PTB a governador na sede regional, onde como já foi dito por parte da própria imprensa que em quase sua totalidade os presentes àquela reunião eram pessoas evangélicas da igreja.

Quanto ao apoio da Igreja Universal a candidatos a cargos eletivos conforme já se propaga no meio político, quero fazer um apelo em público à direção da Igreja que congrego a 15 (quinze) anos, e chamar a atenção dos meios de comunicação e as autoridades competentes que não é possível que a igreja continue apresentando o seu candidato a deputado federal e deputado estadual no altar da igreja conforme vem fazendo em alguns domingos e outros dias da semana.

Onde tal prática se repetiu no último domingo dia 06 de Abril de 2014 na Igreja Universal da Cruz Cabugá no Recife.

Tal prática é expressamente proibida pela legislação eleitoral em vigor, onde a própria igreja foi interpelada judicialmente no ano de 2006 quando estava apresentando seus candidatos a deputados no altar.

Desse modo, afirmo que não será possível qualquer candidato a cargo eletivo obter voto e apoio político da igreja, pois tal prática é vedada pela lei eleitoral e ficaremos atentos para isso não voltar a ocorrer em Pernambuco.

Além disso, o povo vai escolher o melhor candidato desde deputado até o presidente da república que apresentar as melhores propostas de trabalho sem que para isso ocorra “crime eleitoral”.

Atenciosamente, Renato Cruz Fundador do PRB/PE.