A crise em que se meteu e agora o afastamento do deputado petista André Vargas (PR) não passaram em brancas nuvens para os socialistas com acesso ao candidato a presidente Eduardo Campos. “Para se ver como são as coisas.

Este senhor era escalado pelo partido para bater em Eduardo Campos”, comentam, sem reserva, sobre as denúncias de associação com o doleiro Alberto Youssef, preso por uma operação da PF.

Quando vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR) ficou irritado com as críticas do PSB com a suposta falta de prevenção do governo federal diante das chuvas.

Segundo ele, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, aliado de Eduardo Campos, deveria ter sido demitido por Dilma porque só mandava recursos para suas bases eleitorais.

Ele reagia, no PT, a crítica feita por integrantes do PSB sobre a suposta falta de ações de prevenção a enchentes no governo federal.

O líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RS), e o próprio governador Eduardo Campos comentaram o tema, tecendo críticas à “falta de gestão” do governo federal.

Eduardo Campos disse que o governo espera o pior acontecer para agir no combate às enchentes.

André Vargas disse que o PSB só enviava recursos para Pernambuco, base eleitoral do ex-ministro Fernando Bezerra. “Dilma errou ao não demitir Fernando Bezerra quando se viu que ele só destinava dinheiro para Pernambuco.

Por isso, o resto do Brasil ficou sem verbas do ministério que Campos comandou até outro dia”, criticou Vargas.

O deputado André Vargas (PT-PR) é um dos mais veementes críticos, no partido, do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que relatou o processo do mensalão.

Na abertura dos trabalhos legislativos, neste ano, Vargas chegou a provocar Barbosa, erguendo o punho, mesmo gesto feito pelos petistas quando foram presos, querendo passar a mensagem de que as detenções seriam políticas.

Nas eleições deste ano, o deputado quer disputar uma vaga no Senado na chapa da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que concorrerá ao governo do estado.

O PSB de Eduardo Campos já faz parte da base do governo de Beto Richa e vai apoiá-lo na campanha à reeleição.

Para evitar constrangimentos ao amigo, comprometido com Aécio Neves, o candidato do seu partido, o governador de Pernambuco não pediu em troca que Richa suba no seu palanque para apoiá-lo no Paraná, mas mostrou como já está pensando lá na frente, num possível segundo turno.

A candidata do PT no Paraná é a senadora Gleisi Hoffmann, até outro dia chefe da Casa Civil de Dilma.