Foto: BlogImagem O governador João Lyra Neto (PSB) afirmou na manhã desta segunda-feira (7) que caso não seja convidado para um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), irá ele mesmo solicitar uma audiência com a petista.
O pedido deve ser feito assim que o governador tiver em mãos um levantamento completo da situação do Estado, que começou a ser elaborado há um mês atrás para a transição do governo.
Antes disso, existe a possibilidade, porém, que a Presidência convoque Lyra e os outros seis governadores que assumiram nesse final de semana depois que os titulares renunciaram ao cargo para disputar algum mandato eleitoral.
O Planalto faria uma reunião coletiva e depois a presidente teria encontros individuais com os governadores.
Leia também: Mapa político do Brasil: seis governadores deixam cargos para disputar eleições em outubro “Nós temos que ter a compreensão da relação institucional dos governos estaduais, e aí Pernambuco se inclui, com a União”, justificou. “Tenho certeza que uma presidente da República com a responsabilidade de Dilma Rousseff ou de qualquer um outro, não poderá atrapalhar, não poderá dificultar a relação, principalmente daqueles convênios já existentes”, disse.
MUDANÇA - Após as declarações, dadas durante a cerimônia de posse dos novos secretários estaduais, o governador foi questionado pela imprensa se isso seria uma mudança do perfil do Estado, já que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), que disputará a Presidência da República contra Dilma, passou os últimos meses evitando mencionar o nome da presidente e as parcerias entre os governos federal e estadual. “Não.
Está mudando o governador”, respondeu.
Para Lyra, é evidente que com o lançamento da pré-candidatura de Eduardo, as relações com Dilma e com o PT ficaram tensionadas.
Ele diz, porém, que do ponto de vista institucional, o ex-governador sempre defendeu um diálogo permanente entre os governos. “O importante é que o povo pernambucano não seja prejudicado por esse tensionamento”, diz.