Com informações da Agência Estado e do Blog As novas denúncias sobre o envolvimento do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), com o doleiro Alberto Youssef levaram o o deputado federal Mendonça Filho (DEM) a defender nesse sábado (5) o afastamento de Vargas do cargo.
Neste domingo, o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), também mostrou-se favorável à decisão.
Na opinião dos políticos, o afastamento de Vargas é importante para dar isenção à Mesa Diretora da Câmara.
De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, em mensagens interceptadas pela Polícia Federal, Vargas promete ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal.
As suspeitas são de que Youssef e Vargas sejam sócios do laboratório Labogen.
O doleiro está preso desde o dia 17 de março em decorrência das investigações da Operação Lava Jato, que apura um esquema de lavagem de dinheiro.
PSDB e DEM também já anunciaram que vão protocolar representação no Conselho de Ética da Câmara contra André Vargas por quebra de decoro, em razão de ele ter viajado em avião pago pelo doleiro Youssef.
Em discurso, na semana passada, no plenário da Câmara, o vice-presidente da Câmara admitiu que foi “imprudente”. “Em relação ao avião, eu reconheço: fui imprudente foi um equívoco.
Deveria ter exigido contrato, deveria ter quitado, não deveria ter exposto minha família”, disse Vargas.
O DEM deve protocolar esta semana uma representação para apurar o uso de uma aeronave, que pode configurar recebimento de vantagem indevida, procedimento incompatível com o decoro parlamentar e punível com a perda do mandato, conforme o inciso II do art. 4º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.