Por Cláudio Alcoforado, especial para o Blog de Jamildo Imagine-se chegando em um luxuoso transatlântico para assistir a um jogo da Copa do Mundo na Arena Pernambuco e desembarcando no Marco Zero em uma recepção com frevo, maracatu, caipirinha e muito mais.

Não há quem resista.

O frevo entra na cabeça, toma o corpo e acaba no pé.

Pois é, muitos turistas mexicanos que virão para a Copa do Mundo ficarão embarcados em um navio como foi noticiado no Blog do Jamildo, evitando os custos da rede hoteleira local e aproveitando para conhecer as belezas da costa nordestina, acompanhando a seleção do México que, na fase de grupos, terá jogos em Natal, Fortaleza e Recife.

A seleção mexicana está na chave do Brasil e estreia contra Camarões em Natal na sexta-feira, depois vai a Fortaleza enfrentar a seleção de Felipão, encerrando sua participação na fase de grupos contra a Croácia na Arena Pernambuco em um jogo que promete ser o de menos interesse da torcida pernambucana por acontecer no final da tarde para o começo da noite, da véspera de São João.

Além do mais, este jogo acontecerá na mesma hora em que o torcedor brasileiro estará ligado na televisão vendo Brasil x Camarões, que será ocorrerá simultaneamente com o jogo do México por ser a rodada decisiva do Grupo A.

Emergentes e longe da crise europeia, os turistas do México prometem figuram entre os que mais trarão dólares para gastar no Brasil.

Nas primeiras 24 horas da segunda fase de venda de ingressos pela FIFA, o torcedores mexicanos figuraram entre os que mais compraram bilhetes para os jogos, ficando atrás apenas de brasileiros, norte americanos, colombianos, australianos, argentinos e ingleses.

Na Copa da África do Sul, em 2010 também foi feito um planejamento para uso de navios como válvula de escape para a superlotação dos hotéis sul-africanos, que tem problemas de disponibilidade de acomodações semelhantes aos nossos.

Mas em um lobby da indústria hoteleira o Ministério do Turismo do país de Nelson Mandela vetou a entrada em sua costa de navios vazios, que seriam usados para hospedagem de torcedores.

Naquela Copa, os transatlânticos só tinham autorização de atracar nos portos do país, se estivessem trazendo mais turistas.

Até mesmo o Queen Elizabeth 2 teve rejeitado o seu pedido de permanecer por 18 meses no porto da Cidade do Cabo.

O navio terminou sendo vendido a empresários dos Emirados Árabes por cerca de 50 milhões de libras e ficou em Dubai.

No nosso caso, os mexicanos chegarão de avião e desfrutarão a competição mundial a bordo do luxuoso navio.