O deputado Sérgio Leite (PT), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa (Alepe) fez, na tarde desta quarta-feira, um pronunciamento sobre a queda do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em Pernambuco.

Veja a íntegra do discurso Nessa próxima sexta-feira, o governador de Pernambuco deixa o cargo para concorrer à Presidência da República, porém vale aqui ressaltar alguns fatos e dados de sua gestão, para que a população fique esclarecida e ciente da verdade; O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento em 2010 mostra uma queda na posição do estado em relação a 2000.

Caiu da 14ª para a 19ª posição entre os 26 estados brasileiros, sendo ultrapassado no nordeste, pelos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, e estados como Rondônia e Tocantins que têm PIB bem inferior ao nosso estado, e foi dos estados que mais recebeu verba federal - recebeu mais de 2 mil obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC.

Nos dados da PNAD do IBGE, Pernambuco, que era o oitavo em 2005, passou a ser o quinto estado com mais analfabetos, com 18% da população nessa condição, algo em torno de 1.177.654 pessoas, enquanto o índice no Brasil é de 9,6%.

O Índice de Desenvolvimento da Educação - IDEB, do Ministério da Educação, mostra o estado como 20º do país, ficando atrás de estados do nordeste como, Ceará, Alagoas e Sergipe no ensino médio, e atrás do Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Sergipe, no ensino fundamental.

Em recente levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, sobre a avaliação da administração estadual, 27% dos pernambucanos entrevistados, pontuaram a saúde como o principal problema em Pernambuco, e 20% indicaram a segurança.

Apesar das inaugurações de hospitais e UPAs, a saúde no estado ainda é uma questão prioritária para a população como demostra a pesquisa, que só está retratada em números, mas no dia a dia da população está a olhos vistos, tanto é que os promotores Helena Capela e Clóvis Ramos Sodré da Motta, da Promotoria de Defesa da Saúde da capital, acionaram o governo do estado para que tome providências no sentido de apressar o atendimento a 3.992 pacientes que a mais de dois anos se encontram à espera de cirurgias, e o juiz Edvaldo José Palmeira, da Quinta Vara da Fazenda Pública, acatou o pedido e deu prazo de cinco dias, para que o governo apresente sua defesa.

Vale lembrar que esses pacientes que necessitam de cirurgia são os cadastrados nos 03 maiores hospitais do Recife, imaginem no interior como está a situação.

Vale salientar que só no ano de 2013 o governo federal, segundo dados do Ministério da Saúde, repassou para o estado: Em atenção básica 712 milhões e 854 mil reais; Em média e alta complexidade 2 bilhões, 216 milhões e 533 mil reais; E até hoje no ano de 2014 o ministério da saúde repassou para o estado o valor de R$ 655 milhões, 772 mil e 764 reais para a média e alta complexidade, sem falar nos repasses para assistência farmacêutica, gestão do SUS, vigilância sanitária e investimentos, que somam outros tantos milhões de reais.

Pernambuco foi um dos poucos estados que conseguiu reduzir a violência no período de 2008 a 2013.

E com isso tudo, ainda é o segundo estado mais violento, com 38 assassinatos para cada cem mil habitantes, ficando apenas atrás de Alagoas.

A falta d’água em Pernambuco ainda é grave, segundo a PNAD do IBGE quase 20% da população está sem serviço de abastecimento.

Em 2006 o estado era o 18º do país em porcentagem da população servida por rede de água, na gestão de Eduardo Campos caiu duas posições em 2012.

Em rede de esgoto, o estado era o 9º com maior percentual de habitantes atendidos e agora é o 10º colocado.

Em 2012, apenas 43,9% dos pernambucanos tinham acesso ao serviço.

No ano passado, o governo de Eduardo Campos contratou empréstimos com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o Banco Mundial (Bird).

Com isso, houve elevação do índice de endividamento sobre a receita de 46% em 2012 para 53% em 2013.