O novo do mesmo Por Júlio Lossio, especial para o Blog de Jamildo Na corrida presidencial, tanto Eduardo Campos quanto Aécio Neves tentam se apresentar como o novo.
Mas, será?
Tanto Eduardo quanto Aécio, são literalmente filhos, ou, melhor dizendo, são netos da política.
Tanto um quanto o outro fizeram da política e dos cargos que ocuparam uma profissão e um meio de vida.
Tanto um quanto o outro nunca exerceram outra atividade que não os cargos públicos.
E sempre contando com a ajuda dos avôs importantes.
Tanto um quanto o outro conhecem, mas não sabem o que é de fato ser trabalhador, pois nunca tiveram a carteira assinada.
Tanto um quanto o outro apresentaram obrigações governamentais como inovação, dando publicidade ao que é função primária do governante.
Senão, vejamos: Monitoramento de gestão, como se não fosse uma obrigação de todo governante acompanhar as ações de sua equipe.
Uma sala bonita com telas de computador e isso já vira novidade.
Contratação de organizações sociais para gestão dos maltrapilhos serviços públicos de saúde.
Um fenômeno de delegação dos serviços que vem se fortalecendo nas gestões públicas há anos pela ineficiência do modelo e que paulatinamente toma espaço.
Limpeza pública, vigilância, frotas de carro, etc.
Organização social é nada mais nada menos que delegar a prestação do serviço público ao privado na busca de mais eficiência.
Paradoxalmente, o que temos de mais novo na política brasileira é a Presidenta Dilma.
Neta de avós desconhecidos, como todos nós.
Os netos do poder agora acusam a Presidenta de falta de diálogo na política.
Importante saber que esse chamado “diálogo” sempre foi sinônimo de favorecimento pela distribuição de cargos e benesses, como observamos claramente nos governos tanto de um quanto do outro.
Sinceramente, não sei se felizmente ou infelizmente, mas entre Dilma, Aécio e Eduardo, Dilma é o que temos de mais novo na política brasileira.