Da Agência Estado A oposição vai apelar para recursos regimentais no Congresso ou até mesmo ao Supremo Tribunal Federal para barrar a orientação dada pelo Palácio do Planalto aos aliados de retaliar os pré-candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos na CPI da Petrobrás.

Para o governo, tirar a presidente Dilma Rousseff do foco e neutralizar o seu envolvimento na polêmica sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, é a prioridade do momento.

Líderes da base se reunirão no início da próxima semana para definir o melhor momento para apresentar um adendo à CPI - e, dessa forma, nela incluir o caso que envolve tucanos no cartel do Metrô de São Paulo e possíveis irregularidades na construção do Porto de Suape, em Pernambuco.

Os aliados se valem do precedente da CPI os Bingos, de 2005.

Ela tinha como objetivo inicial apurar o jogo ilegal no País, mas acabou discutindo até o assassinato do ex-prefeito de Santo André, o petista Celso Daniel, sendo apelidada de “CPI do Fim do Mundo”.

Em resposta às manobras do governo, a oposição avisa que não aceitará uma reedição da “CPI do Fim do Mundo”.

Seu primeiro passo será questionar no próprio Senado a ampliação do foco, podendo usar recursos em plenário e na Comissão de Constituição e Justiça.

Em minoria na Casa, já esperando a derrota, outro caminho dos oposicionistas é recorrer ao Supremo.

Com 29 assinaturas, a oposição protocolou na quinta-feira o requerimento para criar a comissão no Senado.

Ela espera que até terça-feira o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do pedido de abertura de investigações da CPI.

A base promete apresentar pelo menos 40 apoios para incluir outras linhas de apuração.