Um dia antes do ataque de Tereza Leitão, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) dedicou-se às discussões sobre o meio ambiente, na sua agenda diária, para abordar a polêmica do Arco Metropolitano. “Em abril do ano passado, a presidente Dilma veio a Pernambuco, em Serra Talhada, e entre seus anúncios e decisões colocadas na ocasião, um deles foi que o governo federal assumiria o Arco.

Daqui a uma semana faz um ano desse anúncio, e não temos nada a comemorar”, lembrou Aluísio Lessa.

Aluísio discursou no Grande Expediente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) defendendo a importância da regularização das obras de construção do Anel Viário da Região Metropolitana do Recife, o Arco Metropolitano.

Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, o deputado foi convidado pelo Consema como representante da Alepe, e aproveitou a fala de saudação e agradecimento ao conselho para convidar todos os presentes para a audiência pública sobre o Arco Metropolitano que acontecerá no auditório da Alepe na próxima sexta, às 9h. “É muito importante a participação de todos vocês neste debate, porque sem esse Arco vai se estabelecer um caos no nosso trânsito”, afirmou Aluísio.

Foi exatamente essa audiência pública o tema do discurso de Aluísio Lessa na plenária da Assembleia, à tarde. “O Arco Metropolitano é um projeto para criar um novo contorno viário no Recife, nas imediações do município de Igarassu, cortando uma área que vai de lá até o Cabo de Santo Agostinho, como uma nova alternativa para livrar do saturado trânsito da Região Metropolitana, e que de quebra impulsiona o transporte de carga que vai ajudar na instalação do polo da Fiat”, disse.

Lessa também repercutiu a suspensão por tempo indeterminado da licitação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), anunciada na última sexta-feira pelo governo federal, que foi tema de matéria publicada na edição desta terça do Jornal do Commercio.

A construção do Arco Metropolitano foi assumido pela presidente Dilma há um ano.

Antes, a obra estava nas mãos do governo de Estado.

Na semana passada, Aluísio se reuniu com o Fórum Socioambiental de Aldeia e decidiu pela criação de uma audiência com representantes dos órgãos públicos envolvidos na pasta, além de representantes da sociedade civil e dos poder legislativo local e nacional e do poder judiciário.

O Fórum alegou os efeitos negativos dos descumprimentos das regras da construção do Anel, denunciando a falta de estudo e de relatório de impacto ambiental na obra que sugere um corte da Área de Preservação Ambiental (APA), na Mata da Pitanga, da Usina São José. “Quando algo ocorre em agredir aquela região, os moradores de lá se juntam, articulam e vão em busca de defender seu legado”, explicou Lessa.