A ausência de um estudo de impacto ambiental, EIA/RIMA, teria sido o motivo da suspensão do processo licitatório do Arco Metropolitano no Recife, obra viária orçada em R$ 1 bilhão, que vai absorver o transporte de cargas e aliviar o trânsito no trecho urbano da BR-101.

A paralisação da obra veio à tona esta semana por meio de uma ordem do Tribunal de Contas da União (TCU) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Uma audiência pública para debater o tema está agendada para esta sexta-feira (28), no auditório da Assembleia Legislativa Pernambuco (Alepe), no auditório da Assembleia, que fica na Rua da União, 439, no bairro da Boa Vista.

De acordo com o engenheiro e um dos representantes do Fórum Socioambiental de Aldeia, Herbert Tejo, o edital lançado pelo Dnit utiliza um trajeto que corta a Área de Preservação Ambiental Aldeia-Beberibe, (APA – Aldeia Beberibe), que é o maior fragmento sobrevivente de Mata Atlântica localizado ao norte do Rio São Francisco. “O Governo Federal e Estadual estão sendo totalmente irresponsáveis.

Foi a Secretaria de Transportes de PE quem repassou o projeto para o Dnit.

Na verdade é um acúmulo de irresponsabilidades das duas partes”, afirmou.

Ainda segundo Hebert, no ano passado, foi cogitada a possibilidade de o arco ser construído por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), onde foram estudadas três alternativas, uma delas, 20 km mais longa passaria pela BR-101 por Araçoiaba e não comprometeria a Mata.

Esta é a alternativa defendida pelo Fórum.

A empreiteira, por sua vez, achou que seria economicamente mais vantajoso encurtar esse espaço mesmo que degradasse o espaço de preservação ambiental.

No entanto, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) indeferiu e o consórcio desistiu do projeto e ele passou a ser federal. “O fórum não é contra a construção do arco viário, queremos que ele seja construído, porém, preservando a APA”, concluiu Herbert.